PIB de Macau cai 48,7% no primeiro trimestre do ano

Exportações de serviços do jogo registaram queda de 61,5% entre Janeiro e Março

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daniel rocha

O Produto Interno Bruto (PIB) de Macau caiu 48,7% no primeiro trimestre do ano, em termos reais, comparativamente a igual período de 2019, indicam os últimos dados oficiais.

De acordo com um comunicado da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), divulgado no sábado, a economia de Macau “em que predominam as exportações de serviços, sofreu um grave impacto da queda drástica da procura global”, devido à covid-19.

Em termos de procura externa, as exportações de serviços registaram uma queda homóloga de 60%, com “destaque para as quedas de 61,5% nas exportações de serviços do jogo e de 63,9% nas exportações de outros serviços turísticos.

As exportações de bens diminuíram 23,5% e “agravou-se a amplitude descendente da procura interna, com uma queda anual de 17,5%, arrastada principalmente pelas diminuições do investimento em activos fixos e da despesa de consumo privado”, salientou.

A despesa de consumo privado diminuiu 15,2% em termos anuais, no primeiro trimestre deste ano, devido a uma redução do consumo dos residentes fora de casa e das viagens ao exterior. As despesas de consumo final das famílias, internamente e no exterior, diminuíram 11,9% e 44,3%, respectivamente, destacou a DSEC.

Por outro lado, a despesa de consumo final do Governo subiu 5%, mas as importações de bens e de serviços desceram 30,8% e 30,3%, respectivamente, acrescentou.

Em resposta à epidemia da covid-19, o Governo de Macau “adquiriu mais equipamentos de protecção e materiais médicos, alugando hotéis para servirem de instalações de isolamento preventivo e lançando medidas de assistência financeira, incrementando assim a amplitude ascendente da despesa de consumo final do governo, passando de 1,9% no trimestre anterior para 5,0% no trimestre em análise”, referiu.

“No trimestre em análise o deflator implícito do PIB, que mede a variação global de preços, registou um crescimento anual de 2%”, indicou a DSEC.

Macau não regista novos casos há 53 dias consecutivos, depois de duas vagas durante as quais foram identificadas 45 pessoas infectadas e que causaram grande impacto na capital mundial do jogo, onde os casinos foram obrigados a fechar pelo menos 15 dias.

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