Mark Lanegan, lost and found

O padrinho do grunge desafiou a morte mais do que uma vez – e poucos conseguirão explicar como escapou ileso. O livro Sing Backwards and Weep regista a espiral descendente que o levou ao vício e a uma vida de pânico. O disco Straight Songs of Sorrow toma nota do seu renascimento.

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Mairo Cinquetti/NurPhoto via Getty Images

The walls are closing in right on you, what are you gonna do now?” A pergunta era lançada por um jovem Mark Lanegan, em 1989, no refrão de Subtle Poison, uma de muitas faixas esquecidas no igualmente difícil de encontrar Buzz Factory, quarto álbum dos Screaming Trees – banda que tropeçou e recuperou a compostura várias vezes até ajudar no desenho da planta que Seattle usou para tomar conta do mundo nos anos 90, com a explosão da cena grunge. Rasgo desarrumado de distorção psicadélica com traços impressionistas de Jim Morrison, essa música, vaticinam os populares, reflectia sobre a mão impiedosa da heroína (“Your subtle poison slips through my veins / a dark cloud inside me”) e os modos como, sem grande esforço, empurrava para dentro de uma jaula os pensamentos e movimentos daqueles que se arriscavam a brincar com o fogo.

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