EUA com mais dois milhões de pedidos de subsídio de desemprego

Na semana passada, houve menos 323 mil pessoas a pedirem subsídio de desemprego do que na anterior.

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Nas últimas quatro semanas, a média de pedidos semanais de subsídios foi de 2,4 milhões LUSA/JUSTIN LANE

Os serviços dos Estados Unidos tiveram na última semana 2,1 milhões de pedidos de subsídio de desemprego, um número elevado face ao que se passava antes do agravamento da situação sanitária do novo coronavírus, mas menos do que se verificara na semana anterior. Desde meados de Março, os novos desempregados já ultrapassam os 40 milhões.

Os dados actualizados nesta quinta-feira Departamento do Trabalho norte-americano (2,1 milhões) referem-se à semana que terminou a 23 de Maio. Face à anterior, o número de requerimentos baixou em 323 mil, o que poderá estar associado aos efeitos de alguma reabertura da maior economia mundial, onde as empresas têm maior flexibilidade na contratação e dispensa de trabalhadores.

Os pedidos escalaram para um nível recorde na terceira semana de Março, ao atingir um total semanal superior a três milhões, e, desde aí, a vaga continuou. Os números mantêm-se num patamar elevado, com a média das últimas quatro semanas a fixar-se nos 2,4 milhões de requerimentos.

Os economistas já antecipavam que os números divulgados nesta quinta-feira rondassem os 2,1 milhões. A diferença face ao que se passava um ano antes, numa situação de ausência de pandemia, é abissal: na semana comparável de Maio de 2019, os pedidos semanais tinham sido 218 mil.

Com o plano adoptados para ajudar as empresas e a economia no seu conjunto a ultrapassarem os problemas de mercado associados ao confinamento e à redução da dinâmica internacional, o presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, espera que os Estados Unidos recuperem do choque, mas manteve alguma prudência, avisando na semana passada que essa recuperação irá demorar “algum tempo” e que poderá prolongar-se “até ao final do próximo ano”.

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