Na geografia de Catarina Botelho

Na sua nova exposição, no Pavilhão Branco, Catarina Botelho atravessa a orla da cidade, para mostrar aquilo que não vemos.

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As fotografias estão despidas de olhares, gestos ou de movimentos (se exceptuarmos os da artista)

Em Qualquer coisa de intermédio, exposição de Catarina Botelho, com a curadoria de Sandra Vieira Jürgens, no Pavilhão Branco, ressaltam dois elementos que vão persistindo na obra da artista. O primeiro será o trabalho sobre os espaços humanos, espaços, portanto, que assinalam a vivência física e corporal de pessoas no seu labor ou nas suas acções. O outro é precisamente a ausência de corpos. As fotografias estão despidas de olhares, gestos ou de movimentos (se exceptuarmos os da artista). Dada a sua invisibilidade, só nos permitem que os imaginemos. Mas há, ao mesmo tempo, algo de novo nesta exposição, como tem havido noutras de Catarina Botelho: ela saiu da cidade (em certa medida, o tópico do livro À Sombra do Sol, das exposições Inventário e Zona de Ordenação Aberta) e dos espaços semi-públicos (explorados em Memória Descritiva ou em O outro nome das coisas).

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