Donativos para combater coronavírus chegam aos 9,5 mil milhões

Portugal anunciou uma contribuição pública e privada de 10 milhões de euros.

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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen POOL New

A campanha de angariação de fundos promovida pela Comissão Europeia para financiar a investigação de tratamentos e vacina para a covid-19 atingiu 9,5 mil milhões de euros, acima do objectivo inicial de 7,5 mil milhões de euros.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, escreveu esta terça-feira no Twitter que “os Governos, instituições, fundações e particulares doaram 9,5 mil milhões de euros para combater o coronavírus” desde o dia 4 de Maio. “Um mundo a viver à altura da solidariedade”, disse ainda, considerando que os donativos recolhidos no âmbito deste programa Global Response, coordenado pela Comissão Europeia, correspondem a um “excelente resultado”.

O novo montante tem em conta as promessas feitas desde então por Marrocos, Nova Zelândia e o Banco Europeu de Investimento (BEI).

Eric Mamer, porta-voz do executivo comunitário, apontou que “este é um importante marco, mas apenas um início para arrecadar os recursos consideráveis que serão necessários para acelerar o desenvolvimento de novas soluções e assegurar o acesso universal às mesmas”.

A campanha global de angariação de fundos lançada pela Comissão Europeia, propunha-se a recolher 7,5 mil milhões de euros para investigação de tratamentos para a covid-19. Este valor foi praticamente atingido, chegando aos 7,4 mil milhões, em promessas de contribuições logo a 4 de Maio, no dia do lançamento da “maratona”, que se prolongou até segunda-feira.

Numa iniciativa marcada pela ausência dos Estados Unidos, além dos contributos da generalidade dos países europeus, incluindo Portugal, que anunciou uma contribuição pública e privada de 10 milhões de euros, registam-se doações do Canadá (551 milhões de euros), Japão (762 milhões), Arábia Saudita (457 milhões) e Austrália (200 milhões), entre outros. A China, país onde teve início a pandemia, doou 45 milhões de euros.

Entre os Estados-membros da UE, destacam-se os contributos da Alemanha (525 milhões) e França (510 milhões), e entre os países que não fazem parte da União, os de Reino Unido (441 milhões) e Noruega (188 milhões). A Comissão Europeia anunciou, por seu lado, uma contribuição de mil milhões de euros.

Esta “maratona” mundial de angariação de fundos surgiu após a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras organizações mundiais que operam no sector da saúde terem lançado um apelo conjunto à mobilização para desenvolver um acesso rápido e equitativo a instrumentos de diagnóstico, terapias e vacinas contra o novo coronavírus que sejam seguros, de qualidade, eficazes e a preços acessíveis.

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