Uma série sobre ópera, teatro e Histórias Magnéticas celebram o Dia Mundial da Criança

As propostas de cada um dos teatros de Lisboa ficam disponíveis online, nos respectivos sites ou redes sociais, no dia 1 de Junho.

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O Teatro Luís de Camões celebra também o seu aniversário no mesmo dia que as crianças Miguel Manso

Uma série sobre ópera, uma estreia das Histórias Magnéticas, para celebrar a Liberdade, e contos de José Eduardo Agualusa e David Machado estão nos programas do Dia Mundial da Criança, dos teatros S. Carlos, LU.CA e D. Maria.

As propostas de cada um dos teatros de Lisboa ficam disponíveis online, nos respectivos sites ou redes sociais, no dia 1 de Junho. O Teatro Luís de Camões (Lu.Ca), que completa dois anos no Dia Mundial da Criança, festeja a data com a estreia do primeiro conto original do grupo Histórias Magnéticas, que este ano completa o 10.º aniversário, e com uma playlist para celebrar o dia “de manhã à noite”.

Não se deixem enganar! Um conto panfletário é a proposta das Histórias Magnéticas, sobre “uma criança que viveu a transição do fascismo para a democracia em Portugal e que por isso sabe que não há pior do que viver sob um regime como o antigo”.

Para esse menino, agora com 50 anos, a história da sua família antifascista, parecida com tantas outras, não pode ser esquecida, tem de ser contada, valer como exemplo de coragem e crença na Liberdade, “valor primordial da vida, mas eternamente ameaçado”.

O Lu.Ca homenageia assim “a geração de pais e mães nascidos nos anos 1930 do século XX que, sem procurarem um lugar na História, protagonismo político ou de qualquer outra espécie, nunca se resignaram, arriscaram a vida, passaram pela prisão, exilaram-se e foram perseguidos para que hoje nós possamos viver num país melhor”.

Depois da estreia, às 18h, haverá uma conversa em streaming com o músico
Sérgio Pelágio e com a actriz Isabel Gaivão, que fazem as Histórias Magnéticas, um projecto apoiado por Gestão dos Direitos dos Artistas, Câmara Municipal de Lisboa e A Voz do Operário.

A peça, uma co-produção do Teatro LU.CA, CasaBranca/Festival Verão Azul e Câmara Municipal de Castelo Branco, e a conversa acontecem no Facebook e no Zoom, e a história ficará disponível, durante uma semana, no site do teatro. No mesmo dia, o teatro disponibiliza no Spotify uma “Playlist para celebrar de manhã à noite”, com curadoria da dupla de Dj Bandido$.

O Teatro Nacional D. Maria II, a partir das 11h, promove espectáculos online, leituras de histórias e uma sessão de poemas para celebrar este. A Salinha Online é a primeira a abrir, às 11h, com duas histórias infantis: O pai que se tornou mãe, de José Eduardo Agualusa, lida por Inês Vaz, e Parece um pássaro, de David Machado, interpretada por Pedro Russo.

As leituras ficam disponíveis para ver ou rever mais tarde, juntando-se às várias histórias já existentes na Salinha. Às 14h, será a vez do espectáculo Insuflável, que foi apresentado no D. Maria II em 2019. Criado e encenado por João de Brito, é uma história que faz pensar sobre os sonhos e a imaginação, dirigido a crianças maiores de 6 anos. Interpretado também em Língua Gestual Portuguesa, as duas versões ficam disponíveis para visualização até ao final de Junho.

O Dia Mundial da Criança termina com uma sessão especial do Clube dos Poetas Vivos, dedicada a Poesia para crianças. Às 17h, Teresa Coutinho convida Catarina Loureiro, Cláudia Gaiolas, Crista Alfaiate, Manuela Pedroso, Marco Paiva, Teresa Sobral desvendam poemas, numa parceria entre D. Maria e a Casa Fernando Pessoa. A sessão decorrerá em directo, no Instagram do D. Maria II, ficando mais tarde disponível para visualização no YouTube.

O Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), por seu lado, estreia O que é que a ópera tem?, uma série infantil sobre o drama em música, o que nele fascina, prende a atenção e se apresenta como aventura, com a participação das formações residentes, o Coro e a Orquestra Sinfónica Portuguesa.

Vicente, de 6 anos, Francisca, de 7, e Marta, com 10 anos, são três amigos que, em suas casas, em tempo de pandemia, não deixam de conversar e brincar. Eles são os protagonistas da série infantil, que conta com a boneca Carlota, moradora no teatro lírico, do qual vai revelando segredos: os maestros, os cantores e os instrumentistas, a música que os une e “a magia que se vive no único teatro de ópera do país”.

Segmentos de óperas, como A Flauta Mágica, de Mozart, ilustram diferentes momentos, que permitem conhecer famílias de instrumentos, vozes de um coro, funcionamento dos corpos artísticos e a história da música, entre muitas outras.

O primeiro episódio conta com a soprano Elisabete Matos, directora artística do TNSC, e será transmitido todas as segundas-feiras, às 12h, no site do TNSC e nas suas páginas no Facebook e no Instagram.

Notícia corrigida às 17h40: Onde se lia o nome da bailarina Sílvia Real, lê-se agora o nome da actriz Isabel Gaivão. A ambas as nossas desculpas.

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