Covid-19: Requerentes de asilo ficam na Mesquita de Lisboa até testarem negativo

O grupo de “cerca de 14 pessoas” foi testado no fim-de-semana.

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O grupo faz parte dos 169 infectados que foram retirados de um hostel em Lisboa, em Abril LUSA/TIAGO PETINGA

O grupo de requerentes de asilo em Portugal infectado com covid-19, que está na Mesquita de Lisboa, vai permanecer naquele local até testar negativo, disse esta segunda-feira à agência Lusa o delegado de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

De acordo com Mário Durval, o grupo de “cerca de 14 pessoas” foi testado no fim-de-semana e agora terá de esperar, pelo menos, uma semana para voltar a sê-lo. “[Ficarão na mesquita] até serem testados novamente e darem negativo”, realçou, ressalvando que os requerentes de asilo “foram transportados de Santa Margarida para a mesquita para continuarem sob observação”.

À Lusa, o delegado de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo não soube precisar ao certo quantas pessoas estarão na Mesquita Central de Lisboa, adiantando que só trata do confinamento e não da distribuição. No domingo à noite, um grupo de requerentes de asilo em Portugal infectado com o novo coronavírus foi transferido do Campo Militar de Santa Margarida (Constância) para a Mesquita de Lisboa.

De acordo com o líder da comunidade islâmica de Lisboa, David Munir, chegaram à mesquita entre 12 e 15 migrantes, que regressaram a Lisboa depois de terem estado vários dias no Campo Militar de Santa Margarida. “Eles não têm sintomas, mas estão positivos (...) e ficarão [na mesquita] até fazerem testes”, disse David Munir, na ocasião.

Este grupo faz parte dos 169 infectados com covid-19 que foram retirados de um hostel em Lisboa, em Abril, e transportados para a Base Aérea de Ota, no concelho de Alenquer, para fazerem a quarentena, tendo permanecido naquele local durante um mês. Em 21 de Maio foram transferidos para o Campo Militar de Santa Margarida, em Constância, de onde saíram no domingo para regressar a Lisboa.

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