Sismo surpreende primeira-ministra da Nova Zelândia durante entrevista

Jacinda Ardern estava a ser entrevistada por videoconferência quando um pequeno sismo abalou a capital, onde se encontrava. “Um abanão decente aqui”, relatou. E, poucos segundos depois, retomou a entrevista.

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Jacinda Ardern foi considerada por uma sondagem como a primeira-ministra mais popular da Nova Zelândia dos últimos cem anos Reuters/Loren Elliott

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, foi surpreendida por um sismo de magnitude 5,6 na escala de Richter quando dava uma entrevista em directo a partir do Parlamento de Wellington, esta segunda-feira.

Quando o tremor começou, Ardern (que estava em videoconferência) diz ao entrevistador que estão “só a ter um pequeno terramoto aqui” e assegura que se encontra bem. “Um abanão decente aqui. Pode ver as coisas a abanar atrás de mim. A colmeia (“Beehive” em inglês, a alcunha dada ao Parlamento neozelandês) mexe-se mais do que os outros”, disse a governante.

Logo a seguir, a entrevista continuou. Ardern apontou que não estava debaixo de candeeiros e que estava “num sítio estruturalmente bom”.

O epicentro do sismo, de magnitude 5.8 na escala de Richter, foi a 30 quilómetros a noroeste de Levin, uma cidade próxima da capital, Wellington. Tanto a capital como a área circundante tremeram, mas não houve quaisquer danos ou vítimas.

O vídeo da primeira-ministra a reagir ao tremor de terra já se tornou viral na internet, e têm-se multiplicado os elogios à calma de Ardern. A governante tem ficado conhecida pela sua proximidade e reacções calmas e positivas em tempos de crise: durante o seu mandato, Jacinda Ardern teve de lidar com o atentado de Christchurch em Março de 2019, uma erupção vulcânica em Dezembro e a recente pandemia da covid-19.

Na semana passada, Jacinda Ardern foi considerada por uma sondagem como a primeira-ministra mais popular da Nova Zelândia dos últimos cem anos. Subiu 14 pontos percentuais na escala de popularidade e o seu partido, o Partido Trabalhador, é também o partido com maior preferência de voto de sempre – as sondagens apontam para um valor de 56,5%.

Sismos são comuns na Nova Zelândia, um país situado próximo do “Anel de Fogo” (uma extensão de vulcões subaquáticos no Oceano Pacífico que se prolonga por quatro mil quilómetros). Em 2011, um forte terramoto abalou a cidade Christchurch e, em 2016, outro evento de 7.8 na escala de Richter provocou enormes danos materiais na cidade de Wellington e na ilha sul do país.

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