Pedro Proença volta a defender jogos em canal aberto

O presidente da LPFP esteve na Câmara Municipal do Porto e admitiu colocar o seu lugar à disposição dos clubes.

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LUSA/JOSÉ SENA GOULÃO

Pedro Proença, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), voltou a defender nesta segunda-feira a transmissão dos jogos das últimas dez jornadas da I Liga 2019-20 em canal aberto. À saída da Câmara Municipal do Porto, onde esteve reunido com Rui Moreira, Proença diz que “estará na Liga enquanto os clubes quiserem”.

O presidente da LPFP, que esteve reunido com Rui Moreira, presidente da CMP, para discutir, entre outros temas, a ampliação da sede do organismo do futebol profissional que está localizada no Porto, falou com os jornalistas à saída do encontro e reafirmou o desejo que os jogos da I Liga sejam transmitidos em sinal aberto, tal como já tinha feito em carta dirigida a Marcelo Rebelo de Sousa.

Confrontado com a questão, contestada por vários clubes, Proença socorreu-se da Alemanha ou Itália, onde a possibilidade também foi levantada: “Essa posição não foi só defendida pela Liga Portugal, também pela Bundesliga, está agora a ser discutida na primeira liga italiana e é fácil de perceber aquilo que se pretende. Sabemos que os jogos são à porta fechada e que o público não vai poder aceder à visualização dos jogos.”

O dirigente referiu que o procurou foi “potenciar, de alguma forma, que o Governo pudesse injectar dinheiro nos canais generalistas, para que estes pudessem adquirir conteúdos dos operadores”, que “seriam ressarcidos de tudo o que perderam durante estes dois meses para puderem pagar aos clubes que são os seus clientes e assim fechar o ciclo”

Para Proença, com os jogos em canal aberto evitar-se-ia “ter pessoas aglomeradas à volta dos estádios quando os jogos acontecerem” e seria dada a oportunidade às “próprias famílias para assistirem aos jogos do seu clube”.

Sobre a contestação que tem sofrido, Pedro Proença admitiu a possibilidade de colocar o seu cargo à disposição, mas lembrou que há um ano foi “reeleito com 95 por cento”. “O que tenho dito sempre aos clubes é que a Liga é deles e, portanto, o presidente apenas fica até quando os clubes quiserem.”

Embora receptivo à mudança, Proença considera que nesta altura “a responsabilidade é de retomar as competições profissionais”. “É obrigatório. É vital. Se as competições não retomarem teremos diversas entidades em estado de insolvência e ninguém saberá o futuro. Este é um momento de responsabilidade de todos e que deve exigir de todos esse mesmo sentido de responsabilidade. Quanto ao resto, o presidente Pedro Proença está sempre disponível para as propostas que os clubes queiram fazer.”

O presidente da LPFP lembrou ainda que “o momento foi muito difícil para a maioria dos clubes que estão em dificuldades”, advertindo que é preciso “retomar a actividade profissional”: “Criamos as condições para isso acontecer. Acredito que dia 3 será o dia da retoma, da restauração da normalidade, mas teremos uma época anormalmente prolongada. Até já tivemos competições que foram prejudicados, nomeadamente as internacionais. E chegar a dia 3 para começar deixa-nos muito satisfeitos.”

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