Cova da Piedade convida Pedro Proença a demitir-se

Tal como já tinha feito o Benfica, o clube de Almada abandonou direção da Liga Portuguesa de Futebol Profissional.

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LUSA/MANUEL ARAÚJO

O Cova da Piedade juntou-se ao Benfica na decisão de abandonar a direcção da Liga de clubes de futebol “com plena eficácia” a partir desta segunda-feira e convidou Pedro Proença a demitir-se da presidência do organismo.

Através de um comunicado, o clube da II Liga justifica a decisão com a conduta de Pedro Proença, dizendo não se rever nos seus actos “contrários aos princípios e funções que os membros da direcção estão obrigados a respeitar”.

O Cova da Piedade junta-se assim ao Benfica, que pediu, na sexta-feira, para deixar a direcção da Liga durante uma reunião com todos os clubes do principal escalão profissional, na qual Pedro Proença pediu a marcação de uma assembleia geral para 9 de Junho, para discutir a governação do organismo e apreciar o apoio anunciado para os clubes da II Liga.

“Convidamos o actual presidente a retirar as devidas ilações e a demitir-se de funções, uma vez que o actual momento do futebol e do nosso país exige que à frente desta direcção esteja uma pessoa que trabalhe para a união dos clubes e a defesa dos seus interesses e não para fomentar a desunião em prol de uma qualquer agenda de interesses pessoais”, lê-se num comunicado enviado às redacções.

Os pidenses já tinham anunciado, na quinta-feira, a intenção de responsabilizar Pedro Proença a título pessoal pela descida ao Campeonato de Portugal, decidida na reunião de direcção de 5 de Maio, acusando o presidente da Liga de ter conduzido o encontro “de forma a condicionar o seu resultado”, com recurso a expedientes “reprováveis e violadores da lei”.

No momento da interrupção da II Liga e posterior decisão de cancelamento definitivo desse campeonato devido à pandemia de covid-19, o Cova da Piedade ocupava o penúltimo lugar, em zona de descida, a sete pontos do Vilafranquense, primeiro clube acima da “linha de água”.

O clube do concelho de Almada fazia parte da direcção do organismo juntamente com Benfica, Sporting, FC Porto, Tondela e Gil Vicente, da I Liga, além de Mafra e Leixões, do mesmo escalão, mas não teve voto na matéria por ser parte interessada na mesma.

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