Kim Jong-un quer reforçar capacidade nuclear norte-coreana

Agência oficial norte-coreana não forneceu qualquer pormenor sobre os planos do líder para “aumentar ainda mais a dissuasão nuclear”.

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Kim Jong-un participou numa reunião da Comissão Central Militar Reuters/KCNA

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, quer reforçar a capacidade nuclear do país com o objectivo de “aumentar ainda mais a dissuasão nuclear”. Não foram dados mais pormenores sobre qual será o tipo de reforço desejado por Kim.

Kim presidiu a uma reunião da Comissão Central Militar onde foram discutidas “novas políticas” centradas em “colocar as forças armadas numa operação de alerta máximo”, em linha com a “construção e desenvolvimento das forças armadas” norte-coreanas, de acordo com a agência estatal KCNA.

Não foi indicado quando ocorreu a reunião, mas, lembra a agência sul-coreana Yonhap, a KCNA normalmente relata as actividades de Kim um dia depois de acontecerem.

A reunião da Comissão Central Militar representa a primeira aparição pública de Kim em mais de três semanas, depois de ter reaparecido na inauguração de uma fábrica, pondo fim a uma ausência prolongada do líder norte-coreano de eventos e cerimónias, em Abril – entre as quais o aniversário do nascimento do avô e fundador do regime, Kim Il-sung –, que deu azo a especulações sobre o seu estado de saúde.

A KCNA não referiu que tipo de políticas foram abordadas na reunião das chefias militares.

Depois de ter acelerado o desenvolvimento do programa nuclear norte-coreano, Kim Jong-un restabeleceu os laços diplomáticos com a Coreia do Sul. A reaproximação abriu uma janela de oportunidade para uma solução diplomática, que incluiu duas cimeiras inéditas com o Presidente norte-americano, Donald Trump, em 2018 e 2019.

Porém, o falhanço em alcançar um acordo que inclua a desnuclearização da Coreia do Norte na cimeira de Hanói, no ano passado, deixou os esforços diplomáticos num impasse. Apesar de ter realizado vários testes balísticos, o último dos quais em Março, Kim tem respeitado a moratória que se auto-impôs aos testes nucleares – o último remonta a Setembro de 2017.

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