Paulo Faria: “A infelicidade aprende-se”

Quando se foge de quem bate à porta e se vai atrás de um passado que já não existe, todas as relações se tornam improváveis. O segundo romance de Paulo Faria, Gente Para Alguém Que Foge, é um labirinto de muitas pequenas histórias íntimas cortadas pela metade. Entrevista com o autor.

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Rui Gaudêncio

Gente Acenando Para Alguém que Foge (ed. Minotauro), segundo romance de Paulo Faria, 53 anos, retoma os temas do primeiro, Estranha Guerra de Uso Comum (2016): a memória colonial e a relação com o pai, que combateu em Moçambique. Mas desta vez, o narrador de ambos os livros, que se confunde biograficamente com o autor, viaja até aos lugares por onde o pai dele passou. Carlos revisita o seu passado para dar forma a um pai ausente (sendo que esse pai ausente é o pai dele e é ele próprio na relação hesitante com a filha). Gente Acenando Para Alguém que Foge (ed. Minotauro) tem apenas 233 páginas, mas o seu narrador viaja por vários labirintos, em busca do seu papel enquanto pai, filho, marido e autor.

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