PJ detém “dupla de homicidas”: homem é suspeito de contratar outro para matar a mãe por cinco mil euros

Segundo a Polícia Judiciária, o filho fez um acordo para a execução conjunta do homicídio a troco de um pagamento de cerca de cinco mil euros. O motivo do crime terá sido a herança, nomeadamente uma casa. O filho teria problemas financeiros e problemas ligados ao consumo de drogas.

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Fábio Augusto

A Polícia Judiciária (PJ) deteve dois homens, de 38 e 40 anos, por fortes indícios da prática de um crime de homicídio qualificado. Um dos detidos é o filho da vítima, uma mulher de 64 anos, assassinada a 13 de Abril, na localidade de Queijas, no concelho de Oeiras.

De acordo com um comunicado da PJ, os autores planearam antecipadamente o crime. “A vítima foi atraída a uma residência que habitava ocasionalmente e na qual viria a ser morta, através de utilização de arma branca, tendo-lhe sido roubados alguns bens”, lê-se na nota.

Ainda segundo a mesma fonte, o motivo do crime foi a “obtenção de proveitos económicos por parte do filho da vítima, único herdeiro”. Ou seja, o motivo seria a herança da mãe, nomeadamente uma casa. O filho estaria a enfrentar graves problemas de dividas, em grande parte relacionadas com o consumo de droga.

O filho fez um acordo com o outro homem para a execução conjunta do crime a troco de um pagamento. Ao que o Público apurou, o filho terá acordado pagar cinco mil euros ao homicida da mãe. O filho atraiu a mãe à casa de Queijas e o cúmplice é que a terá matado com uma faca.

A PJ acredita que não seria intenção do filho pagar nada ao outro homem, devido às dividas que tinha.

A Polícia Judiciária afirma que, alguns dias após o crime, conseguiu recolheu "elementos probatórios esclarecedores” que levaram à detenção do filho da vítima, de 40 anos, ao qual foi imposta a medida de coação de prisão preventiva. O filho foi detido a 17 de Abril e depois de presente ao juiz de instrução criminal ficou em prisão preventiva.

Já o co-autor, de 38 anos, tinha-se ausentado da sua residência habitual para “paradeiro desconhecido”, mas foi detido esta segunda-feira num bairro da cidade de Lisboa.

O homem de 38 anos foi terça-feira presente a primeiro interrogatório judicial e ficou em prisão preventiva.

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