Associação francesa denuncia caso de bebé português retido em aeroporto em Paris

A criança e a família estão numa zona destinada a viajantes sem autorização para entrar no território francês.

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Aeroporto Charles de Gaulle, em França Reuters/CHARLES PLATIAU

Uma associação francesa de defesa dos direitos dos imigrantes denunciou esta terça-feira que duas crianças, incluindo um bebé de um mês de nacionalidade portuguesa, encontram-se retidas nas instalações do aeroporto Roissy-Charles de Gaulle, perto de Paris.

Citada pela agência France-Presse (AFP), a directora da Associação Nacional de Assistência Fronteiriça para Estrangeiros (Anafé, na sigla em francês), Laure Palun, precisou que o bebé chegou no domingo de Portugal “com a mãe portuguesa e o pai de nacionalidade cabo-verdiana”.

De acordo com a associação, a criança de tenra idade e a respectiva família estão retidos numa zona do aeroporto parisiense destinada aos viajantes que não têm autorização de entrada no território francês e que aguardam o repatriamento.

Entre as 20 pessoas que estão actualmente nestas instalações está ainda outro bebé de 16 meses que chegou igualmente a Paris com a mãe, uma cidadã do México.

“É um local de enclausuramento. O enclausuramento de crianças tem de acabar”, defendeu a associação, classificando como excessiva a actuação da polícia fronteiriça francesa. As crianças “não têm de estar nesta zona de espera”, contestou o advogado Quentin Dekimpe, representante legal dos visados, classificando tal medida como “completamente inútil”.

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