Quarentena obrigatória em Inglaterra ameaça F1 e provas da UEFA

Desporto de alta competição apela a um regime de excepção para poder concluir as provas.

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Reuters/Jason Cairnduff

O Governo britânico promete reavaliar periodicamente a medida, mas, tal como está actualmente definida, a aplicação da quarentena a todos os cidadãos que aterrarem no território está a levantar ondas de preocupação no desporto. A manter-se este cenário, cairá por terra a hipótese de terminar a Liga dos Campeões e a Liga Europa de futebol, por exemplo, ou a intenção de realizar o Grande Prémio de Fórmula 1 que estava previsto.

O plano da UEFA passa por ter as provas domésticas concluídas, para poder fechar as competições europeias durante o mês de Agosto, num período de três semanas. Entre Champions e Liga Europa, há três jogos a serem realizados na próxima eliminatória em solo inglês, concretamente nos estádios de Manchester City, Manchester United e Wolverhampton. Isto, sem contar com as futuras fases das provas.

A expectativa dos clubes é que o Governo de Boris Johnson abra um regime de excepção para a alta competição e o secretário de Estado do Desporto mostrou abertura face a esse cenário. De acordo com a imprensa inglesa, porém, as informações que têm sido recolhidas em Downing Street apontam no sentido de uma menor flexibilidade, o que acarretará problemas logísticos provavelmente insanáveis num calendário competitivo tão apertado.

O mesmo cenário se aplica à Fórmula 1, que prevê dois Grandes Prémios sem espectadores em Silverstone, durante o mês de Julho. “Uma quarentena de 14 dias tornará inviável o Grande Prémio britânico este ano”, afirmou um porta-voz da organização do Mundial, citado pela Reuters.

“Terá um impacto tremendo em milhares de empregos ligados à Fórmula 1 e cadeias de fornecimento. Se todos os desportos de alta competição deverão voltar à TV, então têm ser admitidas excepções”, acrescentou.

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