Covid-19. Mais 13 mortes em Portugal. Há mais 1794 casos recuperados

Em Portugal, desde o início do surto, foram contabilizados 29.209 casos positivos. Desde este domingo, casos crescem 0,66%, e mortes 1%. Há 105 pessoas nos cuidados intensivos e 6430 recuperadas.

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Portugal regista 1231 mortes por covid-19 rui gaudencio

Desde o início do surto de covid-19 em Portugal, já morreram 1231 pessoas, 13 nas últimas 24 horas, o que equivale a uma subida de 1%. Há 29.209 casos registados, 173 identificados nas últimas 24 horas, o que corresponde a uma taxa de crescimento de 0,66%, de acordo com os dados do último boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Já foram declaradas como recuperadas 6430 pessoas, mais 1794 do que no dia anterior, o que representa um aumento percentual de 38,6% — este é o dia com mais recuperados desde o início da pandemia. A directora-geral da Saúde, Graça Freitas, explicou, em conferência de imprensa, que o elevado aumento de casos recuperados de doentes com covid-19 nas últimas 24 horas se deve às instituições estarem a reportar mais.

Estão internadas 628 pessoas (menos 21 do que neste domingo), das quais 105 (menos três do que no dia anterior) em unidades de cuidados intensivos. Estes dados constam do último boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS).

 Na conferência de imprensa desta segunda-feira, o secretário de Estado da Saúde revelou que, neste momento, 22% dos casos confirmados já se encontram recuperados. A taxa de letalidade global é de 4,2% e a taxa de letalidade acima dos 70 anos é 15,7%. António Lacerda Sales disse ainda que 71,6% dos casos encontram-se a recuperar no domicílio, enquanto 2,2% estão internados (0,4% em cuidados intensivos e 1,8% em enfermaria).

Ainda segundo o boletim da DGS, há 2260 pessoas a aguardar resultado laboratorial e 25.360 estão sob vigilância das autoridades de saúde. No total e até à data, existem 21.548 casos activos em Portugal. Desde o início da pandemia, foram registados 263.980 casos não confirmados.

Das 1231 vítimas mortais, 824 estavam acima dos 80 anos. O relatório dá ainda conta da morte de 242 pessoas que tinham entre 70 e 79 anos; 111 com idades entre os 60 e 69 anos, 40 pessoas entre os 50 e os 59 anos, e ainda 13 pessoas entre os 40 e os 49 anos. Há ainda a registar a morte de um homem que tinha entre 20 e 29 anos.

Dos 29.209 casos confirmados, 4351 foram detectados em cidadãos acima dos 80 anos, 2419 em pessoas entre os 70 e os 79 anos, 3250 em pessoas entre os 60 e os 69 anos, 4942 em cidadãos entre os 50 e os 59 anos, 4907 em pessoas entre os 40 e os 49 anos e 4263 casos em pessoas entre os 30 e os 39 anos. Há ainda a destacar os casos confirmados na faixa etária dos 20-29 anos (3627), nas pessoas entre os 10 e os 19 anos (922) e na faixa etária dos 0 e dos nove anos (528).

A região Norte continua a ser a que concentra o maior número de casos, com 16.396 pessoas infectadas e 698 mortes. A segunda região mais afectada é a de Lisboa e Vale do Tejo, com 8361 casos confirmados e 279 vítimas mortais. A região Centro acumula 3628 casos confirmados e 223 mortes. O Alentejo tem 243 casos confirmados e uma morte e a região do Algarve soma 356 casos confirmados e 15 mortes. Os Açores registam 135 casos e 15 mortes e a Madeira 90 casos e nenhuma morte.

Lisboa voltou a ser o concelho com maior número de casos (1962), seguido de Vila Nova de Gaia (1485) e do Porto (1318). Outros concelhos que registam um elevado número de casos são Matosinhos (1236), Braga (1154), Gondomar (1053), Maia (912), Sintra (899), Valongo (740), Guimarães (676), Loures (642), Ovar (640), Coimbra (567), Amadora (552), Cascais (476) e Santa Maria da Feira (450).

Neste domingo, Portugal tinha registado um total de 1218 mortes e 29.036 casos de infecção. Os infectados por concelho podem ser mais do que os registados no boletim, uma vez que os números são os do SINAVE – Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, que correspondem a 89% dos casos confirmados.

Ajuntamentos? “Não se devem verificar. Ponto”

Durante a conferência de imprensa desta segunda-feira, António Lacerda Sales disse que era natural que as pessoas “tenham receios” nesta segunda fase do desconfinamento, mas pede que os portugueses não diminuam os seus esforços: “É um caminho, é um caminho que percorreremos colectivamente. É um caminho em que não nos podemos esquecer que cada acção nossa tem impacto no outro”. Reafirmou ainda a confiança do Governo no bom senso das pessoas, depois de muitos terem visitado as praias nos últimos dias.

A directora-geral da Saúde, Graça Freitas, reiterou esta segunda-feira a mensagem da Direcção-Geral da Saúde (DGS) e pediu aos portugueses que evitassem ajuntamentos e locais com grande densidade populacional. “Não se devem verificar, ponto. Tirando pessoas coabitantes na mesma, não se devem verificar ajuntamentos, com ou sem máscara. O distanciamento físico é a principal medida para evitar transmissão do vírus. Temos de ter cuidado. Se houver de facto um agrupamento, é melhor não o frequentarmos”, afirmou Graça Freitas.

Respondendo a uma questão específica sobre a região do Algarve, a directora-geral da Saúde admitiu que “a situação pandémica do Algarve é razoavelmente favorável” e que “tudo aparenta estar controlado”, mas pediu que não fossem aligeiradas medidas, pois “esse ganho não se pode perder”.

Sobre os centros de dia, Graça Freitas afirmou que não deverão abrir para já. “Temos falado muito em separação de circuitos, mas pode não haver pessoal suficiente”, nem pessoal preparado para os abrir. Quanto aos lares de idosos, António Lacerda Sales informou que 12% têm, pelo menos, um caso confirmado e há dois mil utentes positivos. Quanto aos funcionários, dos 14 mil que existem, 998 estão infectados. “A protecção dos profissionais de saúde é uma preocupação e, por isso, temos mantido uma principal preocupação com os materiais de protecção”, acrescentou.

Sobre a situação das máscaras e stock disponível, o presidente do Infarmed, Rui Santos Ivo, disse que quando a covid-19 foi declarada como uma pandemia em Março, existia “alguma escassez a nível mundial” quanto aos equipamentos de protecção e a “central de compras” era a China. Agora, com mais equipamento assegurado, Rui Santos Ivo disse que a maior preocupação é que “os equipamentos disponham de garantias de segurança e de desempenho”.

Segundo António Lacerda Sales, “o Instituto Português da Qualidade e o Instituto Português de Acreditação estão a trabalhar para outorgar a competência de creditação, para haver mais entidades com capacidade para produzir máscaras”.

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