Marcelo intensifica saídas à rua mas evita “coisas a mais com o primeiro-ministro”

Presidente da República apela ao desconfinamento com cautelas, sem correr riscos desnecessários.

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Marcelo durante as compras no mercado da Ericeira LUSA/RODRIGO ANTUNES

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou este domingo depois de fazer compras no mercado municipal da Ericeira, que vai intensificar as saídas à rua para incentivar o consumo, mas evitando “coisas a mais com o primeiro-ministro”, para que não se pense em “complôs políticos”.

“Amanhã [segunda-feira] irei visitar museus, depois irei almoçar fora ou jantar fora a restaurantes diferentes, tascas. O primeiro-ministro vai almoçar com o presidente da Assembleia da República”, anunciou Marcelo Rebelo de Sousa, observando: “Decidimos assim, se não às tantas diziam que eram coisas a mais com o primeiro-ministro, começavam a encontrar logo complôs políticos”.

O Presidente da República adiantou que estará, no entanto, com o primeiro-ministro, António Costa, “numa iniciativa diferente no fim da semana”.

Reforçando o apelo feito no sábado por António Costa aos portugueses para que voltem a sair mais frequentemente à rua, embora com cautelas, o chefe de Estado considerou que é tempo de “fazer a abertura, com cuidado, pequenos passos, e ir perdendo o medo, ir aparecendo e consumindo” e que se deve procurar “consumir o que é português”.

“A nossa restauração merece, a nossa hotelaria merece, e temos de, no verão, finais de Junho, Julho, Agosto, fazer reviver o nosso turismo, enquanto não vêm de fora, com turismo interno, porque é uma peça fundamental da nossa economia”, defendeu, propondo “uma grande campanha de turismo interno”.

Marcelo Rebelo de Sousa disse que ao visitar hoje o mercado da Ericeira quis também prestar uma “homenagem à pesca e à agricultura portuguesas, que aguentaram estes meses, continuaram a trabalhar, não pararam”.

Quanto à sua agenda mais intensa de saídas à rua nos próximos dias, acrescentou: “Irei depois com o senhor primeiro-ministro numa visita a uma área muito significativa do país. E depois continuarei nas próximas semanas aos poucos, com pequenos passos como eu sempre defendi, para os portugueses se sentirem mais à vontade - seguros, mas à vontade, sem correrem riscos desnecessários, mas começando tanto quanto possível a normalizar a vida social”.

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