Marcelo coloca presidenciais “em décimo lugar” das preocupações

Presidente da República considerou que há coisas mais importantes para os portugueses que eleições daqui a oito meses.

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Marcelo no mercado da Ericeira LUSA/RODRIGO ANTUNES

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, colocou este domingo a campanha para as eleições presidenciais de 2021 “em décimo lugar” na lista de preocupações dos portugueses, ainda sem dar como certa a sua recandidatura.

Na Ericeira, onde voltou a um contacto mais próximo com os cidadãos, primeiro no mercado municipal e depois na rua, com algumas selfies e até um brinde com cerveja, embora de máscara e sem dar beijinhos nem abraços.

Questionado se se imagina a fazer campanha de máscara e sem poder contactar de perto com as pessoas, Marcelo Rebelo de Sousa começou por observar: “Primeiro, eu não sei ainda se serei candidato, decidirei oportunamente”.

“Em segundo lugar, eu já tive há quatro anos uma campanha muito original, porque não tinha comícios”, recordou, referindo que “achava então que uma campanha com comícios era uma campanha do sistema, de um candidato do sistema”.

No seu entender, “é evidente” que na campanha para as presidenciais de 2021 haverá “uma parte de distanciamento social” devido à doença covid-19, até porque pode haver “um novo surto no Outono - Inverno”, e nesse caso “a campanha tem de ser como são campanhas lá fora, naturalmente reservadas”.

“Mas eu entendo que os portugueses neste momento têm grandes preocupações, e a última preocupação é saber como é que é a campanha eleitoral”, acrescentou, considerando que isso está “assim em décimo lugar” na lista de preocupações.

Marcelo Rebelo de Sousa realçou que “antes disso ainda haverá eleições regionais nos Açores, só depois presidenciais e muito mais tarde autárquicas”.

“Portanto, as campanhas são aquilo que for possível serem. Como é natural, há prioridades, há coisas mais importantes na vida dos portugueses do que propriamente estar a pensar em campanhas daqui a oito meses”, reforçou.

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