Jorge Amado: a mestiçagem como utopia

Um, homem, um estado, um país fundados na diversidade. Todos mestiços. Na língua, na cultura, na religião, na cor, no ritmo. O que nasceu de uma ferida pode resultar enquanto modelo de vida parece dizer Jorge Amado. Com ele, a Bahia e o Brasil cumprem-se nesse pressuposto utópico que não esquece a dor, mas que criou a alegria.

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Ao longe os dois homens parecem suspensos sobre um azul intenso, contornos bem definidos, um sentado o outro de pé. O sol está alto, não há sombras e o horizonte não é bem uma linha, mas qualquer coisa indefinida entre mar e céu que magoa os olhos de tão brilhante, espécie de névoa prateada que cega quem a tenta fixar. Tudo é amplo, aberto, vivo, mas sem som, um recolhimento de calor do meio dia, sem o canto das gaivotas nem o ronco dos motores dos barcos.

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