Um Dia de Cada Vez, pelas linhas de David Machado e Paulo Galindro

Começou por ser uma parceria digital para partilhar “sugestões, ideias e instruções para quem está fechado em casa”. Agora, o projecto vai ter uma edição em livro, com lançamento previsto para finais de Junho.

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Começou por ser uma parceria digital entre David Machado e Paulo Galindro, que partilhavam no Facebook “sugestões, ideias e instruções para quem está fechado em casa”. Com pequenos textos do primeiro e ilustrações do segundo, o projecto Um Dia de Cada Vez nasceu em tempo de pandemia, para encurtar as distâncias com os leitores e, nas palavras do escritor, “combater esta inércia criativa em que toda a gente pareceu ficar atulhada”.

Apesar do contexto, tanto o vírus como a doença ficam fora da narrativa, não só por uma questão de validade das sugestões mas também para dar ânimo aos dias e espaço ao pensamento de cada um. “Tentei sempre que os textos pudessem ser lidos daqui a cinco ou seis anos, num fim-de-semana de chuva. São coisas poéticas, à volta da imaginação, são ideias que levam a uma introspecção, que nos põe a reflectir sobre o que é estar sozinho, fechado. São ideias que nos apontam mais para a liberdade do pensamento e da imaginação do que propriamente para trabalhos manuais ou bricolagem”, explica David Machado, de cuja pena saíram, por exemplo, O Tubarão na Banheira, Não te Afastes e Índice Médio de Felicidade.

Atendendo às sugestões dos milhares de seguidores da página do Facebook, e depois de um crowdfunding, Um Dia de Cada Vez vai agora ter uma edição em formato físico, num livro de autor com lançamento previsto para finais de Junho. Entre as 32 formas de ocupar o tempo, estão dicas como “Aprende a arte de ficar quieto. Estende-te no tempo e deixa as horas passar por ti”, “Aproveita para restaurar memórias” ou “Sempre que te cansares do silêncio, organiza uma festa e convida todos os teus amigos imaginários”.

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