Sainz substitui Vettel na Ferrari. Ricciardo troca Renault pela McLaren

Espanhol fará dupla com Leclerc, naquela que será a equipa mais jovem da scuderia no passado recente. McLaren terá motores da Mercedes em 2021, factor que poderá ter apelado à mudança do australiano, depois do nono lugar na época transacta.

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Sainz ocupará lugar de Vettel na scuderia italiana em 2021 LUSA/ALEJANDRO GARCIA

Apesar de os circuitos não verem acção há meses, as corridas de bastidores na Fórmula 1 sucedem-se a uma velocidade vertiginosa. Em poucos minutos, foram anunciadas duas mudanças significativas para a época que terá início em 2021. Depois de, no início da manhã, ter sido tornado público que o australiano Daniel Ricciardo irá trocar a Renault pela McLaren no final da temporada, a Ferrari anunciou que já encontrou substituto para o alemão Sebastian Vettel. Será o espanhol Carlos Sainz, actual piloto da McLaren, a ocupar o lugar deixado vago pelo piloto alemão a partir de 2021.

Sainz, de 25 anos, junta-se ao jovem monegasco Charles Leclerc, com apenas 22 anos, naquela que será a equipa mais jovem da Ferrari dos últimos anos. “Estou muito feliz por conduzir pela Ferrari em 2021 e entusiasmado pelo futuro com a equipa”, afirmou o piloto espanhol, que já completou cinco temporada na Fórmula 1 e conseguiu marcar presença no pódio por uma vez. Ricciardo ocupará a vaga de Sainz na McLaren. 

O australiano que, em 2018, se juntou à Renault depois de sete épocas na Toro Rosso e Red Bull, amealhou o nono lugar na temporada passada, pior classificação do piloto desde 2013, quando ingressou na equipa secundária da Red Bull, a Toro Rosso. Em 2021, quando Ricciardo se juntar à McLaren, os monolugares da equipa britânica serão equipados com motores da Mercedes, alteração aprovada pelas equipas em Março. O carro da equipa para esta temporada, o MCL35, será o último com motor da Renault

Esta combinação colocou um ponto final a alguns rumores que apontavam a Ferrarri como a nova casa de Ricciardo, depois da confirmação da saída de Vettel. A scuderia italiana e o piloto alemão separaram-se, depois de semanas de negociações. O responsável pela equipa, Mattia Binotto, garante que o piloto — vice-campeão pelos italianos em 2017 e 2018 — era a primeira opção para a próxima época, mas Vettel assumiu que a relação não estava nas melhores condições.

“Eu e a equipa percebemos que já não existia um desejo comum de ficarmos juntos depois desta temporada. Os assuntos financeiros não tiveram peso nesta decisão conjunta. Não é a minha maneira de pensar no que diz respeito a certas escolhas e nunca será”, anunciou o piloto alemão, na passada terça-feira. Nos últimos cinco anos, Vettel venceu 14 grandes prémios ao serviço da scuderia italiana, depois de ter sido tetracampeão na anterior equipa, Red Bull. 

Ainda não se sabe para que equipa Vettel pretende ir no final da temporada, mas equipas interessadas no mais jovem tricampeão da história da Fórmula 1 não parecem faltar. Uma das hipóteses discutidas para o futuro de Vettel passa pela ocupação do lugar deixado vago pelo australiano Daniel Ricciardo na Renault que, esta temporada, estreia Esteban Ocon, que substituiu Nico Hülkenberg.

Ainda não se realizou qualquer corrida na temporada de 2020 da Fórmula 1, devido à pandemia do novo coronavírus. Na passada semana, o director da F1, Chase Carey, discutiu a situação com os investidores da modalidade. Foram apresentados três cenários que estão a ser neste momento discutidos pelos responsáveis de Fórmula 1: o mais favorável, que passa por terminar a época actual a tempo e horas, um alternativo que minimiza os efeitos da covid-19, que prevê concluir o Mundial em 2021, e o mais drástico dos três, que implica a anulação da temporada. Esta terceira via, porém, parece estar por enquanto relativamente distante.

Notícia actualizada às 12h22: acrescentada informações sobre a ida de Sainz para a Ferrari

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