Pai e madrasta de Valentina ficam em prisão preventiva

A medida de coacção foi conhecida na manhã desta quarta-feira. Ambos estão fortemente indiciados pela prática de homicídio qualificado e profanação de cadáver.

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O corpo da menina foi encontrado após quatro dias de buscas. Pai e madrasta são suspeitos do homicídio da criança Nuno Ferreira Santos

O Tribunal de Leiria decidiu que o pai e a madrasta de Valentina vão ficar em prisão preventiva. Segundo o comunicado, lido por uma funcionária judicial à porta do tribunal, ambos estão fortemente indiciados pela prática de homicídio qualificado e profanação de cadáver. No caso do pai de Valentina é-lhe atribuído mais um crime: violência doméstica.

A criança de nove anos, encontrada morta no domingo num eucaliptal em Peniche, apresentava várias marcas no corpo, incluindo na cabeça (um traumatismo cranioencefálico), revelou o relatório preliminar da autópsia, segundo o qual tudo resultou de uma única agressão. Segundo o mesmo relatório, havia também sinais de asfixia, porém o osso hióide não estava fracturado.

Apesar de preliminar, o relatório confirma que Valentina teve uma morte violenta por homicídio, com sinais de agressão, o que descarta a alegada tese do pai, que diz que foi um acidente. Acresce que, ao que o PÚBLICO apurou, depois da agressão, Valentina foi para o sofá, onde terá estado várias horas. Um dos irmãos tentou chamá-la para brincar, mas ela já não terá reagido.

É convicção da Polícia Judiciária que a menina foi agredida na quarta-feira de manhã e que o seu corpo foi levado, já sem vida, para o eucaliptal horas depois. Ou seja, o pai e a madrasta, os suspeitos de terem cometido o crime, terão esperado que anoitecesse para tirar o corpo de casa.

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