Proposta sobre divisão de deputados entre sala das Sessões e gabinetes teve “acordo geral”

As preocupações dos partidos vão levar a ajustamentos na forma de funcionamento do Parlamento no futuro, segundo a conferência de líderes

Foto
Os deputados vão ser divididos entre a sala das Sessões e os seus gabinetes daniel rocha

A proposta do Presidente da Assembleia da República sobre o retomar dos trabalhos parlamentares com a presença dos 230 deputados teve um “acordo geral”, mas vai ser “aprimorada” depois de algumas “preocupações” levantadas pelos partidos, de acordo com a porta-voz da conferência de líderes, Maria Luz Rosinha, após a reunião desta manhã.

“Houve um acordo geral em relação à proposta geral apresentada pelo Presidente mas foram levantadas algumas dúvidas. Vai ser aprimorada, o Presidente vai dar indicações aos serviços por causa de preocupações expressas” afirmou Maria Luz Rosinha, referindo que os deputados “não estarão no plenário todos ao mesmo tempo” e que poderão ficar “nos gabinetes e intervir por videoconferência” à semelhança do que já acontece nas reuniões das comissões.

Como vão ser feitos “ajustamentos” na proposta de Ferro Rodrigues ainda não há data para esse retomar do funcionamento próximo do normal. “Logo que haja condições passaremos ao novo modelo”, acrescentou a porta-voz da conferência de líderes.

Ferro Rodrigues propôs que a Sala das Sessões tenha uma lotação para 120 deputados e que os restantes 110 acompanhem o plenário a partir dos seus gabinetes, usando o computador registado. Com esta solução, passará a ser permitido que deputados possam participar na sessão plenária através de videoconferência, o que tornará possível que os deputados dos Açores e da Madeira que se encontram nas regiões autónomas consigam também participar.

Foi ainda decidido na reunião desta manhã transformar as declarações políticas num debate de actualidade sobre o Novo Banco, uma vez que três bancadas – PSD, CDS e BE – anunciaram que era esse o seu tema para a intervenção. 

Sugerir correcção