No Porto, os comerciantes de Serpa Pinto já notam o desconfinamento

É "o ano zero", o ano "em que não se pode fazer previsões". A pandemia virou o mundo de pernas para o ar e agora, um mês e meio depois, o desconfinamento chega devagarinho. Na Rua Serpa Pinto, no Porto, a "normalidade" começa a regressar. À entrada dos estabelecimentos, os papéis afixados avisam as normas a cumprir: "Apenas uma pessoa dentro da loja", "obrigatório o uso de máscara". Já toda a gente as conhece. 

Devidamente equipados, os comerciantes fazem contas à vida e esperam por dias melhores. Muitos puderam manter portas abertas durante o estado de emergência, o que não foi suficiente para evitar o rombo no orçamento.  "No início baixou muito. Não digo 100%, mas 85%", lamenta Alexandr Ghluhu, proprietário de uma oficina de mecânica. Paulo Correia, dono de uma papelaria, diz que, apesar de "uma quebra" que aconteceu no início do estado de emergência, as vendas acabaram por "estabilizar" — e assim se têm mantido. 

"Não ficar doente", "que isto melhore": os desejos de uns são os desejos de todos. Os medos também. Mas continuam a abrir as portas. "Vamos ver no que é que isto vai dar..."