Meia Maratona e Maratona de Lisboa adiadas para 2021

Carlos Móia considera decisão “pragmática” e de “grande responsabilidade social” e dá alternativas aos atletas já inscritos.

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A Maratona do Porto poderá vir a seguir o mesmo caminho da de Lisboa LUSA/MANUEL FERNANDO ARAÙJO

A Meia Maratona e a Maratona de Lisboa foram adiadas para 2021 devido à pandemia de covid-19, confirmou esta sexta-feira Carlos Móia, presidente do Maratona Clube de Portugal, considerando a decisão “pragmática” e de “grande responsabilidade social”.

“O Maratona foi sobretudo pragmático ao tomar esta decisão. Temos uma grande responsabilidade social, quer com as pessoas que trabalham no Maratona, quer com as pessoas que vão correr a prova. Por isso, entendemos que, enquanto não houver uma terapêutica ou a vacina que tanto ambicionamos, juntar 100, 200, mil, 10 mil ou 30 mil pessoas não é seguro”, explicou Carlos Móia.

O organizador das provas assumiu o enorme prejuízo, que pode ascender aos 25 milhões de euros, mas destaca que todos os parceiros concordaram e elogiaram este desfecho, que considera ser uma “atitude de grande responsabilidade social”.

A Meia Maratona de Lisboa, que parte da Ponte 25 de Abril, depois de ter sido já reagendada, estava marcada para 5 de Setembro e a Maratona de Lisboa, cuja meia maratona simultânea começa na Ponte Vasco da Gama, para 15 de Outubro.

As novas datas são 9 de Maio de 2021 para os 21,0975 quilómetros na capital, enquanto a Maratona está marcada para 17 de Outubro. A Corrida da Mulher terá lugar a 6 de Junho.

Para quem já estava inscrito nas provas deste ano, o presidente do Maratona Clube de Portugal explicou que estão automaticamente inscritos para 2021, mas têm ainda outras possibilidades.

“As provas estavam completamente esgotadas e as pessoas estão inscritas automaticamente para 2021. Mas, ainda assim, oferecemos a possibilidade de acederem a um ‘voucher' virtual que dá a possibilidade de correr em 2021 ou em 2022, assim como poder ceder o dorsal a outra pessoa sem qualquer custo”, garantiu.

Quanto ao regresso à estrada para os milhares de corredores, Carlos Móia admitiu que “as pessoas estão ansiosas” por esse momento, mas que precisam de o fazer “sem medo”.

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