Municípios querem maior participação na resposta à crise pós-pandemia

“É tempo de olhar para a frente”, sublinha a ANMP que reconhece, no entanto, que a emergência de saúde pública não está ultrapassada.

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Manuel Machado quer participação das autarquias na pós crise sanitária Francisco Romao Pereira

 A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) quer ter maior participação na resposta à crise pós-pandemia de covid-19 e solicitou uma audiência ao primeiro-ministro para desencadear o debate com o Governo sobre os apoios a populações e empresas.

A ANMP pediu uma audiência ao primeiro-ministro, António Costa, pois “é indispensável e urgente o diálogo com o Governo, abrindo, de imediato, o debate e a análise das medidas de apoio às populações e às empresas”, afirma a associação, numa nota enviada esta quinta-feira à agência Lusa.

“Esta emergência de saúde pública ainda não está ultrapassada”, reconhece a ANMP e alerta: “É já tempo de olhar para outra frente - o futuro comum”.

Os municípios, sublinha a Associação, “têm estado na linha da frente na resposta à actual pandemia”, trabalhando, “diariamente, em várias áreas de apoio às pessoas, instituições e empresas”, e devem agora “contribuir activamente para superar a crise financeira, social e económica em Portugal”.

Para a ANMP, “os municípios têm de ser envolvidos nas políticas públicas que venham a ser definidas para a prestação de apoios às pessoas em situação de vulnerabilidade, bem como às micro e pequenas empresas”.

A Associação de Municípios, liderada pelo presidente da Câmara de Coimbra, o socialista Manuel Machado, também entende que “é necessário o estabelecimento de um regime transitório que permita agilizar a contratação pública e tornar mais célere a execução dos investimentos municipais, contribuindo também assim para a resposta à crise”.

Para isso, enviou ao Governo um documento sobre a importância da participação dos municípios na resposta à crise”, no qual dá conta designadamente do trabalho que os municípios têm desenvolvido para enfrentar a pandemia do novo coronavírus e aponta “eixos fundamentais” para assegurar “a retoma económica e social em Portugal”.

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