Programas olímpico e paralímpico para 2021 vão ser “reequacionados”
Adiamento dos Jogos de Tóquio obrigou à reprogamação do ciclo olímpico.
Os programas de apoio à preparação olímpica e paralímpica para Tóquio 2020, evento que foi adiado por um ano devido à covid-19, vão ser “reequacionados”, admitiu o secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo.
“O Governo criou todas as condições. Está a trabalhar com os comités olímpico e paralímpico de Portugal para que nada falte à sua preparação, nas bolsas, na capacidade e condições para treinos”, garantiu, em entrevista à Antena 1.
O responsável recordou que os “contratos plurianuais” foram estabelecidos para 2019, 2020 e 2021, “um ano após os Jogos no sentido de haver continuidade”, pelo que o facto de Tóquio 2020 ter avançado para 2021 obriga a que esse apoio tenha de “avançar um ano, com um reequacionar da preparação”.
João Paulo Rebelo lembrou que 2020 era tempo de grandes investimentos, nomeadamente as viagens e estadias no Japão, e que isso vai transitar para 2021, facto que também implica “ajustes” no ciclo olímpico Paris 2024, que vai ter “apenas três anos”.
Volta a Portugal recalibrada
O ciclismo é uma das modalidades olímpicas que tem a expressão máxima no país na Volta a Portugal, prevista para 29 Julho a 9 de Agosto, ainda sem certeza de que vai mesmo para a estrada.
“Seguramente, não se irá realizar nos termos habituais. A festa da Volta com toda a animação, isso tem de ser repensado”, vincou, elogiando a “abertura” da federação em realizar a competição “toda em Agosto”.
“Há essa abertura. Falamos de algo daqui a três meses, 90 dias. Se aprendemos algo nos últimos dias é que há decisões tomadas muito à vista. Não temos visibilidade hoje para algo que vai acontecer só em três meses. Mas julgo que podem ser criadas condições para que aconteça, como o futebol. Cumprindo protocolos e regras muito claras”, sublinhou.
Andebol, basquetebol, voleibol e patinagem concertaram a conclusão das suas competições, decisão que mereceu o agrado de João Paulo Rebelo. “É bom quando pessoas se juntam e partilham decisões, que não foram do Governo, mas das próprias federações. O Governo vê com bons olhos as coisas feitas de forma responsável, não esquecendo o bem maior, a saúde individual e colectiva”, concluiu.