Aulas por videochamada. “O importante é manter a ligação dos alunos com a escola”

Desde o dia 16 de Março que, salvo raras excepções, os estudantes estão a ter aulas à distância. A maior parte já não regressa ao ensino presencial neste ano lectivo. Como é dar aulas por videochamada? “Os alunos gostam de aparecer porque sentem que naquele momento estamos todos juntos”, diz Ana Fernandes, professora de Português do ensino básico.

O director do agrupamento onde Ana lecciona, a Escola Secundária de João Gonçalves Zarco, em Matosinhos, explica que, no princípio, foi difícil professores e alunos adaptarem-se a este sistema de ensino. João Ramos lembra que tanto entre uns como entre outros havia quem estivesse mais ou menos à vontade com as novas tecnologias.

Outras desigualdades, já visíveis em sala de aula, mas elevadas para primeiro plano nesta situação de pandemia, tiveram que ser combatidas. “Tivemos que ver a desigualdade que existia no acesso às tecnologias, que mesmo nas actividades presenciais não era uma coisa invulgar.”

A escola fez um levantamento das necessidades tecnológicas do corpo escolar e acabou por emprestar cerca de 70 computadores que foram instalados por uma empresa em casa de alunos e professores.

Tanto o director como a professora de Português salientam que o mais importante nesta altura é manter a ligação da escola com os alunos. José Ramos aponta três prioridades: “Não deixar que os alunos se afastem da escola e que não tenham um contacto com os professores; tentar que eles consigam consolidar aprendizagens que já tenham efectuado; e tentar também que eles consigam, na medida do possível, obter novas aprendizagens.”