CDS-PP reúne personalidades das finanças à justiça e traça plano para a recuperação do país

Convites ainda não foram endereçados pelo que ainda não há nomes para integrarem este conselho.

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Francisco Rodrigues dos Santos critica gestão da crise pelo Governo LUSA/ANTONIO COTRIM

O CDS-PP vai criar um conselho com personalidades das áreas das finanças, educação ou justiça, com o objectivo de apresentar um plano para a recuperação económica e social de Portugal após a pandemia de covid-19, revelou o presidente do partido.

“Nós vamos criar um grupo de personalidades” que vão ser “uma espécie de conselho para recuperação económica e social do país”, com o objectivo de reformar o “Estado depois desta pandemia” provocada pelo novo coronavírus, afirmou Francisco Rodrigues dos Santos, em declarações à agência Lusa por ocasião dos seus 100 dias à frente do partido.

“E vamos apresentar um plano para Portugal a curto, médio prazo, e depois aí poderemos adiantar políticas concretas, que terão de merecer muito estudo e muita discussão da nossa parte”, apontou, explicando que o grupo será “coordenado pela direcção do partido” e por si próprio especialmente.

O objectivo do partido é “apresentar um programa consistente para o país, que ajude Portugal a relançar-se depois desta crise”, e que irá dar especial destaque à “revitalização do tecido empresarial”, através de “estímulos directos e indirectos” para a economia, aumento da competitividade ou diminuição da burocracia e da “asfixia” a nível fiscal.

No foco do CDS-PP estará também o combate à pobreza, o apoio aos idosos e a saúde, nomeadamente a complementaridade entre o Serviço Nacional de Saúde e agentes privados, por forma a “cobrir todas as necessidades que os portugueses terão num futuro próximo”.

Questionado sobre as personalidades que vão integrar este grupo, o líder não quis adiantar nomes, uma vez que ainda não endereçou os convites, mas adiantou que “há pessoas que já estão pensadas”.

“Vamos procurar ir buscar nomes da nossa sociedade, com experiência na área social, na área da educação, na área das finanças, da economia, da família, da justiça”, elencou Francisco Rodrigues dos Santos.

“O papel do CDS é uma função de oposição, que passa por fiscalizar a acção do Governo, por apontar o que está a correr mal e apresentar soluções mais eficientes para responder aos portugueses e conseguir ajudá-los a superar este momento dramático”, argumentou.

O partido não faz “oposição ao país”, pelo que o seu objectivo é “defender o interesse nacional” e “isso não se faz transformando o CDS num partido de protesto, radicalizado”, defendeu, considerando que “o CDS tem sido o partido que mais soluções tem apresentado em concorrência com as do Governo”.

No que toca à crise social e económica provocada pela pandemia, o líder centrista pediu ao Governo que tire “da gaveta o plano para o relançamento da economia”.

Quanto aos 100 dias na liderança do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos faz um balanço positivo destes primeiros meses, revelando que tem recebido “muitas palavras de incentivo dos militantes” e “um bom retorno” da sociedade, tendo o CDS ganho “mais de mil novos filiados”.

Na sua óptica, o partido “está serenado e tem confiança de que esta direcção conseguirá vencer os desafios que se coloca, mas está ciente que o caminho é estreito e que vai exigir muito trabalho, abnegação e resiliência”, uma vez que esta “não é uma prova de velocidade, é uma maratona”.

Francisco Rodrigues dos Santos lamentou igualmente que metade do período em que está à frente do partido tenha sido marcado pelo confinamento social decretado devido à pandemia, considerado que, sendo uma liderança nova, “tinha uma necessidade de se mostrar e de se projectar na sociedade”, pois partilha o “palco” com pessoas com um “conta-quilómetros político muito mais rodado”.

Apesar disso, estes “estímulos positivos” são sinal de que a nova direcção está a “credibilizar o CDS” de novo, assinalou.

Devido à covid-19, ficou suspensa a volta das bases que o presidente estava a fazer pelo país, bem como a auditoria interna à gestão e às contas do CDS, mas ambas serão retomadas, assegurou.

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