PEV questiona Governo sobre casos de sobrelotação nos transportes públicos

No metropolitano de Lisboa, nos TST (Transportes Sul do Tejo), na linha ferroviária de Sintra e na rodoviária de Lisboa continuam a existir muitos casos de sobrelotação que impedem o distanciamento social.

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Não usar máscara nos transportes públicos vai dar coima LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) anunciou hoje que questionou formalmente o Governo sobre casos de sobrelotação nos transportes públicos, sobretudo nos períodos de “ponta” de manhã, contrariando as normas vigentes de combate à propagação da covid-19.

Esta pergunta do PEV foi dirigida ao Ministério do Ambiente e da Acção Climática, questionando se tem conhecimento destas situações de sobrelotação e “que medidas foram transmitidas aos operadores de transportes públicos para garantir a segurança, não só aos trabalhadores, motoristas, como também aos próprios utentes”.

Segundo o PEV, esta situação está a ocorrer por causa da redução da oferta de transportes públicos” e que, “em muitos casos, não foi devidamente acertada com a real procura de muitos cidadãos que continuaram a deslocar-se para trabalhar”.

“Em determinadas horas do dia, verifica-se uma oferta muito aquém do necessário, obrigando os utentes a não conseguirem respeitar a distância física de segurança recomendada pela Direcção-Geral da Saúde. Têm chegado com frequência ao Grupo Parlamentar do PEV denúncias e queixas sobre a ausência do cumprimento das medidas de segurança e de distanciamento físico ao nível dos transportes públicos”, adverte-se no mesmo texto.

O PEV refere depois que esses casos de sobrelotação estão a ocorrer no metropolitano de Lisboa, nos TST (Transportes Sul do Tejo), na linha ferroviária de Sintra e na rodoviária de Lisboa, “particularmente no horário de ponta, onde o número de passageiros é superior ao normal”.

“Que entidades estão a fazer o acompanhamento do serviço de transporte público e a assegurar que não há risco de excesso de passageiros por veículo? Que linhas e carreiras tem o Ministério identificadas pelo país, onde a oferta não está a garantir que haja um distanciamento sanitário entre passageiros, e que horários serão praticados?”, questionam os deputados do PEV.

O PEV pergunta ainda ao Ministério do Ambiente que garantia será dada para que os transportes públicos não constituam meios de transmissão e propagação da covid-19 com a progressiva retoma de mais actividades laborais” a partir desta segunda-feira.

Portugal regista hoje 1.043 mortos relacionadas com a covid-19, mais 20 do que no que sábado, e 25.282 infectados (mais 92), segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direcção-Geral da Saúde.

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