Circos querem apoios após “mês negro”. Autarquias ajudam famílias carenciadas

Empresários e artistas duvidam da capacidade de sobrevivência de muitos circos. Em alguns pontos do país, são as autarquias a assegurar a alimentação de famílias com filhos menores.

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Proprietário do circo Claudio diz que foi um "mês negro" para o circo Paulo Pimenta

Dois camelos alimentam-se tranquilamente perto de uma estrada deserta. A poucos metros, três tigres adultos dormitam no interior de uma estrutura metálica rectangular. Além dos animais, quem passe pela freguesia de Lago, no concelho de Braga, verá ainda dezenas de camiões e roulottes parados. Apesar de o ímpeto itinerante ter sido momentaneamente travado pela pandemia, o movimento no circo Cláudio é constante. No topo da pequena subida de terra onde se encontram os veículos, o proprietário do circo, Claudio Torralvo, discute com o staff a alimentação dos felinos. É dia de nova viagem ao centro de distribuição de carne mais próximo: desta vez, compram cerca de 200 quilos, apenas suficiente para uma semana de alimentação. A esta despesa fixa juntam-se custos com o feno, vitaminas e cuidados veterinários.

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