Salvar a TAP ou salvar o planeta?

Agora que estamos a debater o regresso a uma certa normalidade em vários países, era bom que não se deitasse a perder esta pandemia do ar puro.

A crise da covid-19 já causou mais de 200 mil mortes. A Organização Mundial do Trabalho previu inicialmente cerca de 25 milhões de desempregados em todo o mundo. Entretanto, só nos EUA já há 30 milhões de novos desempregados. A OMT reviu entretanto a sua estimativa em alta, e espera agora que 200 milhões de pessoas fiquem sem trabalho. A fome, a mais terrível das privações, ameaça 265 milhões de pessoas, segundo David Beasley, diretor executivo do Programa Alimentar da ONU. Na Índia, mais de 140 milhões de trabalhadores oriundos de locais remotos do país perderam o emprego de um dia para o outro nas grandes cidades, quando o primeiro-ministro anunciou um lockdown estrito que parou imediatamente os transportes internos. As pessoas que não se puseram a viajar várias centenas de quilómetros a pé para tentar voltar para as suas famílias estão agora a viver em alojamentos sobrelotados ou na rua, sem condições de higiene, sem qualquer fonte de rendimento e sem apoios do governo. A Índia é o país no qual o Programa Alimentar da ONU estima um maior aumento nas pessoas com fome: 22 milhões desde que começou esta crise.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção