Número de inscritos no ensino superior sobe 11% em cinco anos

Dados da Direcção-Geral de Estatística da Educação e Ciência dão conta de um aumento transversal ao ensino superior público e privado. Aumento do número de alunos nos politécnicos foi superior à subida verificada nas universidades.

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Número de inscritos no ensino superior ronda os 385 mil Nuno Ferreira Santos

Em cinco anos, o número total de inscritos no ensino superior registou um aumento de 38.044 alunos. Os dados divulgados nesta quinta-feira pela Direcção-Geral de Estatística da Educação e Ciência (DGEEC) dizem respeito aos anos lectivos de 2015/2016 a 2019/2020, tendo apenas na base o número de inscritos no primeiro semestre.

Em 2019/2020 estavam inscritos no ensino superior 384.391 alunos, quando em 2015/2016 este número estava em 346.347, o que constitui um aumento de 11% conforme é destacado numa nota do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior divulgada nesta quinta-feira.

Esta tendência de crescimento poderá ser, contudo, quebrada no próximo ano lectivo devido à actual pandemia e às alterações que provocou no acesso ao ensino superior, segundo admitiu o Governo esta semana.

Por agora, o aumento de alunos foi transversal ao ensino superior público e privado. No primeiro registou-se uma subida de 23.053 inscritos, no segundo foram contabilizados mais 14.991 estudantes. No total dos dois sectores, o ensino politécnico, com mais 19.671 estudantes, ultrapassou o universitário que registou uma subida de 18.367 alunos.

“O crescimento de alunos no ensino politécnico foi particularmente visível nas instituições públicas com uma subida de 13.385 alunos. O aumento nos politécnicos foi assim superior ao das universidades que contabilizaram mais 9688”. No sector privado, houve mais estudantes a inscreverem-se no ensino universitário do que no politécnico.

Estes dados têm na base o Registo de Alunos Inscritos e Diplomados do Ensino Superior (RAIDES), um inquérito anual, de âmbito nacional, dirigido a todos os estabelecimentos de ensino superior. E dão conta também de um “crescimento significativo” no número de estudantes estrangeiros para 58.350, mais 15% do que no ano passado.

A proporção de mulheres entre os estudantes do ensino superior subiu para 54%. Em 2015/2016 este valor estava nos 53%.

Por área de formação constata-se que ciências empresariais, administração e direito está à frente, com 84.911 inscritos, seguida por por engenharia, indústria transformadora e construção com 79.624 e saúde e protecção social que regista 59.239.

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