Razões para reabertura? Menor risco de contágio e menos casos

Índice R (número de pessoas que cada infectado contagia em média) voltou, nos últimos cinco dias, a estar abaixo de 1 em todo o país.

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LUSA/JOAO RELVAS / POOL

Para justificar a reabertura gradual de vários sectores de actividade, António Costa invocou uma série de indicadores que provam a evolução “positiva” da pandemia em Portugal. Desde logo, a evolução do famoso R (número de pessoas que cada infectado contagia em média), que nos últimos cinco dias voltou a estar abaixo de 1 em todo o país, depois de na semana anterior ter ultrapassado este limite na região de Lisboa e Vale do Tejo. Este indicador é importante para perceber a evolução do surto e o impacto do levantamento progressivo das medidas de confinamento. 

Também a diminuição dos novos casos de infecção, dos internamentos de doentes com covid-19, nomeadamente em unidades de cuidados intensivos, além da estabilização do número de óbitos, foram determinantes para suportar a decisão de reabertura dos vários sectores de actividade.

Com gráficos a ilustrar a evolução dos indicadores, o primeiro-ministro começou por enfatizar que o risco de transmissibilidade da infecção, depois de ter chegado a ser de 2,5 (cada pessoa infectada contagiava então, em média, “duas pessoas e meia”), era de “0,92” no país nos últimos cinco dias, voltando a estar abaixo de 1 em todas as regiões, uma recuperação face à subida ligeira verificada nos cinco dias anteriores.

De igual forma, o número de internados - que atingiu o máximo em 15 de Abril -, foi decrescendo, à semelhança do que aconteceu com os internamentos em cuidados intensivos, que registaram uma quebra consistente. As unidades de cuidados intensivos têm tido taxas de ocupação entre 50 a 65% e “só 50 a 60% são doentes covid”, especificou António Costa. Do total de pacientes com covid-19, 95% estão a ser seguidos em casa e tem-se observado uma “estabilização” no número de óbitos, disse ainda.

Na Europa, acrescentou, só o Chipre, a Lituânia e a Polónia fazem mais testes de diagnóstico do que Portugal, que ultrapassou já os 300 mil exames laboratoriais - e apenas 5,5% das pessoas testadas estavam infectadas. 

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