Federação de canoagem quer retomar calendário em Julho

Presidente do organismo sente-se privilegiado, mas lembra que será ainda necessária a validação do Instituto Português do Desporto e Juventude.

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Nelson Garrido

O presidente da Federação Portuguesa de Canoagem (FPC) disse esta quinta-feira sentir-se um “privilegiado” com a abertura dos desportos não competitivos ao ar livre e mostrou esperança em retomar o calendário nacional em Julho.

“Estamos a preparar um comunicado para os clubes retomarem as actividades conforme as regras e indicações que foram dadas. Contemplará horários entre atletas, treinos em grupo até quatro pessoas, a não utilização de instalações, entre outros (...) para que em Junho possam voltar em pleno e, em Julho, regressem à competição para cumprir, de alguma forma, o calendário nacional, um campeonato nacional por cada disciplina”, afirmou Victor Félix.

Para que a competição possa ser retomada, será necessária a validação com o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) já que “de 15 em 15 dias as condições vão ser reavaliadas, nomeadamente na organização de grandes eventos”, já que alguns reúnem cerca de mil atletas.

“Temos várias coisas em cima da mesa, como a organização de competições apenas em barcos individuais, separar as competições por escalões. Há um conjunto de medidas que fizemos no nosso plano de contingência e apresentámos ao secretário de Estado da Juventude e do Desporto e que estamos agora a ultimar, em função do que foi anunciado pelo Governo”, referiu.

O calendário nacional não está ainda definido, visto que a FPC aguarda a reunião da próxima semana da Federação Internacional de Canoagem e Federação Europeia de Canoagem, que vão decidir se vai “existir algum evento internacional esta época”, já que a maior parte das provas foi cancelada, uma preocupação maior para os atletas olímpicos.

“Este período de desconfinamento não é exclusivo de Portugal, por isso aguardamos com cautela para que possa haver alguma prova. É importante para os nossos atletas, nomeadamente os olímpicos, que não têm nenhum momento competitivo este ano, que possam ter esse objectivo para, com calma, prepararmos, a época de 2021, que agora passa a ser ano olímpico”, apontou.

Relativamente aos Jogos Olímpicos, falta ainda perceber em que condições vão ser decididos os apuramentos, já que falta o apuramento de algumas quotas.

“O nosso apuramento decidia-se 60% no Campeonato do Mundo de 2019, quer na velocidade quer no slalom, e o resto das quotas seriam disputadas em Maio. Como os Jogos Olímpicos foram adiados para o Verão de 2021, sabemos que, à partida, o apuramento será disputado em Maio de 2021, mas isso carece da aprovação da federação internacional”, explicou.

O responsável revelou ainda que o Comité Olímpico Internacional (COI) está a pressionar as federações das várias modalidades para que definam critérios de apuramento das quotas, já que há “modalidades que não têm atletas apurados e dependem de rankings”.

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