Coronavírus

Este clube de strip reinventou-se para enfrentar a pandemia

Terray Sylvester | REUTERS
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Terray Sylvester | REUTERS

Nos Estados Unidos, um clube de strip de Oregon, Lucky Devil Lounge, abriu um serviço de take-away de comida com espectáculo erótico para fazer frente ao encerramento forçado do espaço pela epidemia de covid-19.

Tudo começou com um post no Twitter, que se tornou viral. Shon Boulden, o proprietário do espaço, sugeriu na rede social, em tom de brincadeira, que as suas bailarinas passariam a entregar comida em trajes menores. E os seguidores aprovaram a ideia. "De repente, uma luz acendeu-se na minha cabeça e pensei 'devíamos fazer isto'", explicou à Reuters, em entrevista.

No período de poucas semanas, o Lucky Devil estava de novo em funcionamento com um novo modelo de negócio: seria agora um drive-through com espectáculo de dança no varão, no exterior. A comida mantém os preços praticados anteriormente, já o direito ao espectáculo é cobrado à parte e custa 30 dólares (cerca de 27 euros). Os carros que assomam são encaminhados para uma área exterior, onde, sob coberturas improvisadas, estão montados palcos nos quais as bailarinas realizam o espectáculo usando apenas máscaras de protecção, luvas, tanga, tapa-mamilos e stilettos. As performances são acompanhadas de música que é seleccionada por um DJ, sob luzes de espectáculo, e há, até, ofertas, que vão desde rolos de papel higiénico até brindes canabinóides. 

Karma Jane, uma das dançarinas, fez o seu espectáculo na última sexta-feira, usando uma mascara de gás. E garante que há quem tenha feito mais de 280 quilómetros para assistir à performance

Apesar de se ter reinventado, o clube factura apenas um sexto do que facturava no período pré-pandemia, o que deixa os empregados presos a um salário abaixo do que era habitual. Elle Stranger, uma das bailarinas que é também trabalhadora do sexo e educadora sexual, disse à agência noticiosa que trabalha há 11 anos nesta indústria e que, actualmente, encontra nos vídeos eróticos online outra fonte de rendimento. Sente falta das gorjetas que arrecadava no Lucky Devil, que compunham grande parte do seu rendimento. "Mas a novidade [que o clube apresenta] nestes tempos tão negros e incertos é o suficiente para captar a atenção das pessoas."

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