Regina Guimarães: o risco de combinar poesia e música

Nos TTT, os seus versos encontram-se com o desejo de experimentalismo de Ana Deus e de Alexandre Soares.

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paulo pimenta

É possível que os mais desatentos só tenham dado de caras com o nome de Regina Guimarães a propósito de uma recente polémica, em que a dramaturga e poetisa acusou de censura a direcção do portuense Teatro Rivoli. Relembremos que, a propósito de uma nota de rodapé incluída no seu prefácio à folha de sala de Turismo, peça de Tiago Correia, e que denunciava a deturpação do sentido de “cidade líquida” de Zygmunt Bauman por parte do ex-vereador da Cultura da Câmara do Porto Paulo Cunha e Silva (1962-2015), a folha acabaria por não ser distribuída ao público e o livro com o texto da peça (em que se incluía o mesmo prefácio) impedido de ser vendido nas instalações do Rivoli. Mas importa, na verdade, perceber que há toda uma extensa obra na vida de Regina Guimarães, que se espraia por textos para teatro e cinema (três argumentos para filmes de Paulo Rocha), livros de poesia, traduções e letras para canções. É nesta última qualidade que se tem destacado enquanto fundadora e membro dos Três Tristes Tigres, mas também enquanto autora de letras para os Clã — pertence-lhe a quase totalidade das palavras de Disco Voador, o álbum que o grupo criou para o público infantil.

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