Ímpar
Covid-19: Diz-me que máscara usas, dir-te-ei quem és
Uma volta ao mundo, à boleia dos fotógrafos da Reuters, para revelar como as máscaras sociais não só tapam os rostos, como nos revelam quem e que condições estão por detrás de cada uma.
A máscara social é um último recurso, como referem as várias entidades de saúde por todo o globo, e não substitui quaisquer medidas de protecção, como a lavagem frequente das mãos e o distanciamento. Mas, muitos defendem que é melhor que nada, e com as máscaras de protecção individual a serem direccionadas ao pessoal que trabalha em serviços de saúde, bem como a já obrigatoriedade de sair de casa com o rosto coberto, como acontece em Singapura, a opção pela máscara social democratizou-se.
Mas, mais que esconder o rosto, as máscaras revelam quem está atrás delas: os gostos, a personalidade, mas, acima de tudo, as condições financeiras. A primeira distinção faz-se logo pelo tipo de máscara: de protecção, cirúrgica ou social. Mas, depois, entre as últimas há as que revelam poder de compra, com cortes aprimorados e estampagens originais, mas também soluções inusitadas que deixam adivinhar as condições precárias de que se dispõe para lutar contra uma doença que, desde o início do ano, já matou em todo o mundo 184.643 pessoas; mais de 2,5 milhões já foram infectadas pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.