Padel envia ao Governo plano para “reabrir imediatamente” os “courts”

Numa carta endereçada ao ministro de Estado, da Economia e Transição Digital, a FPP diz ter encontrado “a forma de voltar aos campos de padel de uma forma que minimiza os riscos de contágio”.

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Paulo Pimenta

Numa altura em que vivia um crescimento exponencial em Portugal, com a abertura de muitos campos e de clubes de norte a sul do país, o padel, como negócio que crescia a um ritmo de dois dígitos ao ano, sofreu uma travagem brusca devido à pandemia da covid-19, e, segundo a Federação Portuguesa de Padel (FPP), a “falência de muitos clubes e empresas que actuam na área” é um risco real, colocando em causa mais de dois mil postos de trabalho. Por esse motivo, a FPP enviou ao Governo um plano para “reabrir imediatamente” os “courts”, alegando ter encontrado uma via para “voltar aos campos de padel de uma forma que minimiza os riscos de contágio”.

Num documento endereçado a Pedro Siza Vieira, ministro de Estado, da Economia e Transição Digital, é explicado que com o surgimento da pandemia “o padel viu-se tremendamente afectado, com avultadas quebras de receitas”, sendo que “os mais de 150 clubes membros da FPP enfrentam dificuldades financeiras incalculáveis, que não lhes deixaram outra opção que não a de recorrer massivamente ao regime de ‘layoff' e colocar em perigo mais de 2.000 postos de trabalho”.

Na carta, assinada por Ricardo Oliveira, presidente da FPP, é dito ainda que “neste momento a facturação” dos clubes “é de zero euros por mês”, pelo que “não será difícil perceber que a manter-se a situação a falência será o destino destes clubes que tanto fazem para fomentar a prática de uma modalidade que já tem mais de 100.000 praticantes em Portugal”.

Assim, a FPP elaborou um documento, “com as directrizes” que entende “colmatarem as dificuldades de um regresso progressivo à prática do desporto”, que irá “contribui para fortalecer as defesas imunológicas e manter a saúde física”.

Sendo o padel um dos desportos “com menor risco de contágio”, por não ser “um desporto de contacto”, ser praticado “ao ar livre” e em “pavilhões altos sem bancadas”, e ser “praticado numa área de 200 m2 deixando 50 m2 de espaço a cada praticante”, a FPP diz ter encontrado “a forma de voltar aos campos de padel de uma forma que minimiza os riscos de contágio, e salvaguardando a saúde pública”.

Entre as directrizes referidas no documento, que a FPP espera que venha a ser tido em conta “na próxima revisão do estado de emergência”, destaca-se a proibição do “aluguer de raquetes e bolas”, o limite de “treinos e aulas até 3 alunos”, a implementação de “um buffer de 10 minutos entre reservas para limpar/desinfectar o campo depois de cada utilização”, a proibição do uso de balneários e o “encerramento dos serviços de restauração, café, cantina e bar” ao consumo local.

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