Quando a vida te dá ovnis, faz funk

Trinta longos anos depois de um obscuro álbum que o tempo converteu em raridade de culto, o homem a quem um dia terá cabido em sorte um encontro imediato de terceiro grau voltou aos discos. O mais recente revela-se um objecto musical não identificado: é funk, sim, mas a falar o idioma do espaço sideral.

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Frank Hom

Profusamente exposta nos livros “da especialidade” (i.é, ufologia), mas também  trabalhada no cinema com o impacto popular que se conhece e, enfim, nas mais difusas teorias da conspiração, raramente a questão do aparecimento alienígena é colocada de uma perspectiva mais, digamos, revelatória. Que peso — que cruz? — carregará para a vida o homem a quem um dia calhar em sorte um close encounter of the third kind e ninguém acreditar na sua palavra? Zombado e humilhado, jamais compreendido, quem sabe se não mesmo hospitalizado, eis o que bem lhe poderá sair na rifa. No caso do americano Anthony Butler, mais conhecido por Prophet, o caso foi diferente (e o nome, Prophet, já diz alguma coisa sobre isso…) — nenhuma cruz ou temor, antes uma certa reserva do próprio em falar sobre o assunto, quase pedindo desculpa por isso.

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