Lucy Almond: “A natureza é a solução esquecida para a crise climática”

O financiamento público mundial de soluções climáticas de base natural não chega aos 10%. Algo que pode mudar se o relançamento das economias pós-pandemia incluir uma aposta na protecção dos ecossistemas naturais, defende Lucy Almond, directora da Nature4Climate, consórcio que reúne as principais organizações mundiais dedicadas ao clima e à conservação.

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Operação de reflorestação no parque natural Sierra de las Nieves, Andaluzia, Espanha REUTERS/Jon Nazca

A pandemia causada pelo novo coronavírus está a levar governos de todo o mundo a delinear planos de emergência e pacotes de estímulos às suas economias. Várias vozes levantam-se pedindo que o relançamento económico se faça alinhado com o combate à emergência climática. “Tem de ser claro que há maneiras de o fazer sem prejudicar o clima e a biodiversidade”, diz ao PÚBLICO Lucy Almond, directora da Nature4Climate, um consórcio internacional criado no final de 2017 que reúne as principais organizações mundiais dedicadas ao clima e à conservação. Para a especialista em comunicação estratégica nos sectores de energia e recursos naturais, este pode ser por isso o momento para aumentar o investimento em soluções climáticas de base natural. Soluções que passam pela aposta na restauração e protecção de ecossistemas como florestas, pradarias, pântanos e mangais; por sistemas agrícolas que respeitem os ecossistemas; ou pela inclusão de infra-estruturas verdes nos grandes meios urbanos. 

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