Covid-19: Depois de fechar o restaurante, chef duas estrelas Michelin belga cozinha para sem-abrigo

O chef de um dos mais antigos e prestigiados restaurantes da Bélgica, encerrado na sequência das medidas para controlar a propagação do novo coronavírus, está a alimentar uma vez por semana os sem-abrigo, fazendo eco das iniciativas de vários chefs de cozinha de toda a Europa.

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“Se eu conseguir espalhar a alegria da minha profissão aos sem-abrigo, fá-lo-ei com prazer” Reuters/JOHANNA GERON
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Lionel Rigolet, do Comme Chez Soi, cujos pratos elaborados custam até 265 euros, começou a cozinhar e a servir a uma centena de sem-abrigo, todas as quintas-feiras, desde que o Governo belga encerrou a sua cozinha, a 18 de Março.

Enquanto a cozinha do Comme Chez Soi se mantém encerrada ao público, uma medida para controlar a propagação do coronavírus SARS-CoV-2, que na Bélgica já infectou quase 35 mil pessoas (5163 óbitos), o chef, que ostenta duas estrelas Michelin, tem feito esparguete à bolonhesa com o sabor que normalmente traz para as suas trufas, linguado e lagosta. “Se eu conseguir espalhar a alegria da minha profissão aos sem-abrigo, fá-lo-ei com prazer”, frisou.

Desafiado por uma organização de ajuda local, que fornece sopas aos mais necessitados, Rigolet mostrou-se imediatamente disponível para colaborar. Sobretudo, após ter percebido que o isolamento social teve como consequência a impossibilidade de um sem-abrigo conseguir, pelo menos, uma refeição por dia. Sem pessoas a circular e sem as suas ofertas, os sem-abrigo acabaram mais vulneráveis do que estavam antes.

A decisão de Lionel Rigolet é apoiada pela sua mulher, que exerce funções de gerente do Comme Chez Soi. “Todos pensamos nos trabalhadores hospitalares, nos doentes, mas também há os que dormem na rua”, apontou Laurence Wynants, cujo bisavô fundou o restaurante de Bruxelas, em 1926.

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