Bob Dylan regressa com nova canção, com alusões a Anne Frank e aos Stones

I countain multitudes é o título da nova canção, mais curta do que Murder most soul, mas de novo cheia de alusões culturais. Estará a caminho um novo álbum?

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Reuters/MARK MAKELA

Tomou-lhe o gosto. A 27 de Março, Bob Dylan regressou aos originais, oito anos depois, de forma surpreendente, com a canção Murder most soul, que não era um tema qualquer, pela qualidade evidenciada, pela duração (17 minutos) e pelas inúmeras camadas de leitura que continha, com várias referências, a começar por John F. Kennedy, o Presidente americano assassinado em 1963. Para já não se falar do facto de, pela primeira vez na sua história, a referida canção ter ascendido ao primeiro lugar do top da Billboard.

Esta sexta-feira, Bob Dylan divulgou outra nova canção, I countain multitudes, mais modesta, em termos de duração – 4 minutos –, mas contendo igualmente inúmeras alusões culturais tal como a anterior, à escritora Anne Frank, à personagem cinematográfica Indiana Jones, ou ao grupo Rolling Stones. “I’m just like Anne Frank/ Like Indiana Jones/ And them British bad boys the Rolling Stones”, canta às tantas Dylan, numa canção que contém outras referências, como a Edgar Allan Poe, ao poeta e pintor William Blake e até a David Bowie.

A publicação de duas canções novas num curto espaço de tempo tem levado algumas publicações, como a Rolling Stone, a especular que um novo álbum pode estar a caminho. O músico norte-americano conta com 38 álbuns de estúdio na sua discografia, o mais recente deles o disco de versões Triplicate, de 2017. Tempest, de 2012, é o último álbum de originais de Dylan. Nunca esteve tanto tempo sem lançar um longa-duração de composições suas.

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