O monstro desavergonhado

Chegou-me esta semana às mãos um monstro que não irei aqui descrever em toda a sua “abnormalidade”, mas apenas manifestar publicamente o espanto que me causou: é a segunda manifestação de um Bestiário, uma publicação sem periodicidade estabelecida nem data marcada, que se chama “Monstro”. Trata-se de uma publicação colectiva dedicada ao tema dos monstros que cumpre no gigantismo a sua exigência temática: mais de seiscentas páginas, maiores do que uma folha A4, de textos narrativos, poemas, ensaios, géneros só localizáveis num catálogo de zoologias literárias fantásticas, ilustrações, banda desenhada, fotografias. A ficha técnica omite a origem do monstro e de quem o editou, ao mesmo tempo que põe, sob a forma de uma interrogação, a hipótese de se tratar de um “corpo sem órgãos”.

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