Com máscaras e sem precipitações, Madeira prepara retoma da actividade económica

Com a evolução da pandemia controlada (52 casos positivos de covid-19, após três dias consecutivos sem novos registos) e perante a “perspectiva” de uma evolução positiva, a Madeira equaciona uma “gradual” retoma da actividade económica.

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Miguel Albuquerque Paulo Pimenta

As primeiras decisões, explicou esta segunda-feira o presidente do Governo regional da Madeira, Miguel Albuquerque, serão tomadas no próximo fim-de-semana. Sem precipitações. “Depois dos sacrifícios que todos estamos a ter, não podemos tomar medidas precipitadas que comprometam os bons resultados na contenção da pandemia”, disse aos jornalistas, durante uma videoconferência, adiantando que o levantamento das restrições no território só acontecerá mediante indicações das autoridades de saúde da região autónoma.

As medidas de contenção adoptadas pelo Governo foram adequadas e a população compreendeu-as e respeitou-as, mas é preciso dizer que o vírus não está erradicado na região”, alertou Albuquerque, insistindo que este não é o momento para “abrandar e facilitar” as medidas de confinamento obrigatório.

Por isso, até ao final desta semana, começam a ser distribuídas pelos CTT duas máscaras de protecção individual por cada domicílio do arquipélago. No total, o executivo madeirense vai enviar mais de 200 mil máscaras. “Estamos a falar de um esforço importante do Governo no sentido de começar a sensibilizar a população para a necessidade de usar máscaras”, adiantou, explicando que o objectivo é preparar as pessoas para o uso generalizado de máscaras à medida que as restrições à circulação e à economia forem sendo levantadas.

Paralelamente à distribuição de máscaras, que estão a ser fabricadas na Madeira, o executivo insular vai disponibilizar vídeos explicativos sobre a forma como podem ser feitas máscaras caseiras, respeitando as orientações das autoridades de saúde

Albuquerque, que surgiu na sala de imprensa da Quinta Vigia, sede oficial da presidência do governo madeirense, com os secretários regionais da Saúde e Protecção Civil (Pedro Ramos) e da Educação (Jorge Carvalho), falou ainda do ensino – rejeitando a abertura das escolas no terceiro período, mesmo para os alunos do secundário –, do futebol profissional (“que não vai recomeçar, pelo menos até ao Verão”) e dos apoios pedidos a Lisboa.

“Ainda há pouco falei com o senhor Presidente da República sobre esta questão. Neste momento estão a ser avaliadas e vão ser tratadas no quadro do relacionamento entre os dois governos”, resumiu, referindo-se ao pedido feito a Lisboa para a suspensão parcial da Lei das Finanças Regionais, que permita à Madeira poder contrair dívida para enfrentar a crise económica provocada pela covid-19.

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