Harvey Weinstein enfrenta nova acusação em Los Angeles

Condenado a 23 anos de prisão por um tribunal de Nova Iorque, o produtor poderá agora ter de responder por três crimes na Califórnia.

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Reuters

Uma mulher não identificada diz que Harvey Weinstein a agrediu sexualmente num hotel de Beverly Hills, em Los Angeles, no dia 11 de Maio de 2010, acusação que vem agora somar-se a outras duas que o produtor já enfrentava na Califórnia, onde deverá ser levado a julgamento em data ainda não anunciada.

A procuradora responsável, Jackie Lacey, confirmou que uma nova acusação por agressão sexual tinha sido acrescentada ao processo contra Weinstein, já formalmente acusado pela justiça de Los Angeles de ter violado uma mulher e agredido sexualmente outra em dois dias consecutivos, a 18 e 19 de Fevereiro de 2013.

O Ministério Público de Los Angeles já pediu oficialmente a custódia temporária de Harvey Weinstein, actualmente a cumprir pena no estado de Nova Iorque, após ter sido condenado por um tribunal nova-iorquino, no passado dia 11 de Março, a 23 anos de prisão. Uma vez deferida esta solicitação, haverá ainda outras diligências legais a cumprir até o prisioneiro poder ser efectivamente extraditado, pelo que neste momento não há uma previsão clara de quando poderá iniciar-se o seu julgamento em Los Angeles.

Além da nova acusação agora divulgada, os procuradores de Los Angeles terão tido conhecimento de mais dois casos igualmente não prescritos envolvendo o produtor, mas que não foram acrescentados ao processo porque as vítimas em causa recusaram-se a testemunhar contra Weinstein.

A mulher que agora o acusou já tinha sido ouvida pelas autoridades em Outubro passado, então apenas como uma possível testemunha que poderia eventualmente corroborar o relato das duas mulheres que Weinstein terá agredido em Los Angeles em 2013. Só no mês passado, explicou a procuradora Jackie Lacey, esta mesma mulher contou ter sido ela própria vítima de uma agressão do produtor em 2010, um crime que estaria prestes a prescrever à luz do a legislação estadual.

O produtor que desencadeou o movimento MeToo, e que terá agredido dezenas de mulheres ao longo de várias décadas, está actualmente a cumprir pena na prisão de Wende, perto de Buffalo, no estado de Nova Iorque. O produtor está há cerca de duas semanas em isolamento após ter testado positivo para o coronavírus, mas até ao momento não terá desenvolvido quaisquer sintomas graves da covid-19.

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