Covid-19: lojas das aldeias podem “beneficiar um bocadinho”

As mercearias e os minimercados estão a ter um aumento na procura, numa altura em que as pessoas das aldeias fazem compras nos estabelecimentos que estão mais próximos.

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Nelson Garrido

A Associação Empresarial do Sabugal, Ades, admitiu nesta quinta-feira que o pequeno comércio existente nas aldeias da região pode estar a “beneficiar um bocadinho” com a pandemia causada pela covid-19.

O coordenador da associação, Jorge Esteves, disse à agência Lusa que as mercearias e os minimercados estão a ter um aumento na procura, numa altura em que as pessoas das aldeias, “não podendo sair de casa”, fazem compras nos estabelecimentos que estão mais próximos.

Apesar de não ter dados concretos sobre a situação, o responsável admite que “o comércio local das freguesias poderá beneficiar um bocadinho” com a actual situação. “Em termos gerais, pelo menos as pessoas que, se calhar, já há muito tempo que não entravam no minimercado, agora até precisam de qualquer coisa e vão lá comprar”, justificou.

Na actual situação de crise causada pela pandemia da covid-19, a Ades disponibiliza à comunidade empresarial um gabinete de apoio ao empresário, de forma não-presencial, sustentado nas tecnologias de comunicação (telefone, videochamada e email), mas que “pretende manter e reforçar no período pós-pandemia de covid-19”.

O gabinete de apoio ao empresário, que já estava em funcionamento na Ades, destina-se a apoiar empresários e empreendedores, mas também outras entidades associadas, como juntas de freguesia, instituições particulares de solidariedade social, produtores locais e artesãos, entre outros.

A Ades possui cerca de 350 associados do concelho do Sabugal, no distrito da Guarda, localizado junto da fronteira com Espanha, e de municípios limítrofes.

O coordenador da associação disse à Lusa que tem recebido muitos contactos de associados que colocam questões sobre as medidas de apoio criadas pelo Governo no âmbito da pandemia de covid-19. “Vai havendo sempre dúvidas e temos que ir sanando, ir estudando e verificando e apoiando as empresas da melhor maneira possível”, declarou Jorge Esteves.

No entanto, apesar das dúvidas que têm surgido e das dificuldades sentidas pelas empresas associadas, o responsável diz que ainda é prematuro avançar com cenários sobre o futuro do sector empresarial e comercial na área abrangida pela Ades.

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