Portugal é excepção na Europa. Homens portugueses vivem mais tempo com qualidade de vida do que mulheres

Mulheres portugueses vivem uma vida sem limitações à actividade física, em média até aos, 57.5 anos. Nos homens a esperança média de vida saudável sobre até aos 59 anos. Dados contrariam tendência europeia.

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Portugal contraria tendência europeia Rui Gaudencio

A esperança média de vida saudável à nascença na União Europeia mostra que as mulheres vivem saudáveis e com qualidade de vida mais 0.5 anos que os homens. Os dados lançados esta terça-feira pelo Eurostat, relativos a 2018, mostram que as mulheres europeias vivem em média 64.2 anos sem qualquer limitação física, enquanto que os homens vivem 63.7 anos antes da sua condição deteriorar. Mas existem sete excepções à regra e Portugal é uma delas. 

 Os números colocam as mulheres portuguesas no 23.º lugar: a sua média de vida saudável é de 57.5 anos. Já os homens portugueses estão mais à frente no seu ranking, no 21.º lugar, e vivem em média, sem limitações à actividade física, mais dois anos saudáveis do que as mulheres: 59.8 anos.

O Eurostat aponta que uma “vida saudável representa aproximadamente 77% e 81% da vida completa esperada para mulheres e homens, respectivamente.” Como os dados são de 2018, o Reino Unido ainda entra para a média.

Em 19 países da União Europeia, as mulheres vivem saudáveis mais anos do que os homens. Os países que lideram os rankings nas mulheres e nos homens são, respectivamente, Malta e Suécia. Na pequena nação mediterrânea, as mulheres vivem sem qualquer limitação física, em média, 73.4 anos; já os homens nórdicos saudáveis chegam em média aos 73.7 anos saudáveis e sem problemas de saúde.

No fundo da tabela está a Lituânia. Tanto as mulheres como os homens naquele país são os que têm a esperança média de vida saudável à nascença mais baixa na União Europeia: 53.7 anos para as mulheres e 51 anos para os homens.

Os dados foram lançados esta terça-feira pelo Eurostat no âmbito do Dia Mundial da Saúde. O organismo justifica números “extremos”, como o caso da Lituânia, com “a forma como limitações à actividade são medidas no país, impactando os resultados.”

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