Covid-19: DGS partilha manual de receitas com enlatados

Almôndegas de atum, caldeirada de cavala em tomate, húmus de sardinha ou hambúrguer de feijão e arroz são algumas das propostas.

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Atum, cavala, sardinha ou leguminosas são alguns dos alimentos-base de um manual de receitas com enlatados partilhado pela DGS Rui Gaudêncio/arquivo

Atum, cavala, sardinha ou leguminosas são alguns dos protagonistas de um manual de receitas com enlatados elaborado pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), no âmbito do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), e pela Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável (EIPAS).

A iniciativa contou com a colaboração do chef Fábio Bernardino e apresenta “dezenas de receitas saudáveis, saborosas, rápidas e fáceis de preparar e ao mesmo tempo sofisticadas, mostrando a grande diversidade de pratos que é possível fazer com estes produtos”.

O objectivo é incentivar à adopção de uma “alimentação saudável em tempos de isolamento à base de conservas de pescado e leguminosas”. “As conservas sempre foram alimentos bastante procurados quando é necessário dispor de uma reserva alimentar de boa qualidade nutricional, segura e de grande durabilidade. No actual momento, em que compramos mais espaçadamente, como medida para evitar a propagação da covid-19, estes alimentos voltam a ter uma grande importância na nossa alimentação”, começa por explicar uma nota publicada online.

Actualmente, o mercado nacional oferece “uma enorme variedade de conservas de pescado e leguminosas”, sendo “frequente encontrarmos conservas com teores de sal mais baixos, gordura de qualidade e matéria-prima escolhida criteriosamente”. A notícia, partilhada pela DGS, sublinha que “hoje mais do que nunca, devido à nossa reclusão em casa, com menos exercício físico e exposição solar, necessitamos das proteínas de elevada qualidade e dos minerais e vitaminas (como a vitamina D) presentes nas conservas de pescado” e das leguminosas que “por estes dias podem ser um importante factor de equilíbrio no nosso dia alimentar, reduzindo o nosso apetite e contribuindo eficazmente para a ingestão de nutrientes com capacidades protectoras do nosso organismo”.

Segundo informação divulgada no manual, Portugal produz “mais de 52 mil toneladas de conservas de pescado por ano” — um “alimento barato e facilmente acessível”, de “grande interesse para o público mais jovem, geralmente pouco motivado para o consumo de pescado, bem como para a população idosa, onde a proteína é essencial para a manutenção da qualidade muscular e qualidade de vida no geral”.

A DGS e a EIPAS acrescentam que “a maior parte das conservas de pescado à venda em Portugal, à data desta recolha, apresenta valores de sal sem excessos, proteína de grande qualidade e, em muitos casos, gordura de grande valor nutricional”. Quanto às leguminosas enlatadas (feijão, grão, ervilhas, lentilhas, entre outras) “apresentam inúmeros benefícios nutricionais e a sua presença na nossa alimentação deve ser diária”, podendo constituir “uma alternativa à carne e pescado, quando combinadas com alimentos do grupo dos cereais e derivados”.

O manual explica ainda os cuidados a ter durante a escolha das conservas, entre os quais: verificação do prazo de validade e estado de conservação das latas, análise dos rótulos e teor de sal e conservação dos enlatados num local fresco e seco, ao abrigo da luz.

Com este manual pode aprender, por exemplo, a preparar almôndegas de atum, caldeirada de cavala em tomate, húmus de sardinha ou hambúrguer de feijão e arroz, entre outras receitas.

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