EDP perde quota nas famílias, pequenos negócios e grandes consumidores

A EDP é a principal comercializadora de electricidade, mas em Fevereiro perdeu mercado para concorrentes como Endesa e Goldenergy.

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O mercado liberalizado tinha em Fevereiro cerca de 5,3 milhões de clientes Daniel Rocha

O mercado liberalizado da electricidade ganhou mais 10,8 mil clientes em Fevereiro, registando agora um total de 5,3 milhões de clientes. Segundo os dados divulgados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) nesta segunda-feira, trata-se de um aumento de 0,2% face a Janeiro e de 2,8% comparativamente com o mesmo mês de 2019.

Com esta evolução, permaneciam ainda no mercado regulado cerca de 1,02 milhões de clientes, dos quais 99% são clientes domésticos.

Em número de clientes, a EDP Comercial mantinha-se como o principal operador, com 77,8% do total dos contratos, mas perdeu 0,2 pontos percentuais face a Janeiro. Atrás da EDP em número de clientes mantinham-se Endesa (6,7%), Iberdrola (6,2%), Galp (5,2%), Goldenergy (2%), GN Fenosa (0,4%) e Axpo (0,3%).

A ERSE nota que, em Fevereiro, a Endesa, a Goldenergy e ainda o conjunto de comercializadores mais pequenos (que somados representam 1,4% do mercado) registaram um aumento das suas quotas em 0,1 pontos.

Os clientes do mercado liberalizado representam 95% do total da electricidade consumida em Portugal (em Fevereiro, o consumo anualizado foi de 43.487 gigawatts hora, um aumento de apenas 0,2% face ao mesmo período de 2019).

A EDP também liderava no volume de consumos abastecidos, com uma fatia de 41%, mas perdeu 0,1 pontos face ao mês anterior. A eléctrica recuou em segmentos como os pequenos negócios, os grandes consumidores e os consumidores domésticos.

À EDP seguem-se Endesa (17,7%), Iberdrola (16,3%), Galp (7,2%), Fortia (3,2%), Axpo (2,6%) e Acciona (1,7%), estando 10,3% do consumo contratado a outras pequenas empresas. A entidade reguladora destaca que a Iberdrola viu a quota cair 0,1 pontos.

A EDP continua a ter maior expressão no segmento dos clientes domésticos, onde abasteceu 72,8% da electricidade consumida pelas famílias, mas com uma redução de quota de 0,3 pontos. Em contrapartida, houve crescimentos nos consumos assegurados pela Endesa (7,5% do total) e Goldenergy (quota de 1,6%).

O segmento de clientes domésticos é aquele que representa a maior parte do consumo do mercado liberalizado – 36,5% do consumo total. Depois vêm os segmentos dos clientes industriais (34%), grandes consumidores (21,8%) e pequenos negócios (7,7%).

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